TITICA NO VENTILADOR – Embretado, André Luiz dos Santos ameaça passar a “patrola” e entregar todo o serviço

Ariel Raghiant, André Patrola e Marquinhos Trad, investigados na operação Cascalhos de Areia _ Montagem GDS News

A cada semana que passa se sentindo mais embretado e próximo de ser tornar possivelmente o único punido num esquema de corrupção que movimentou milhões em dinheiro público desviado de sua destinação, André Luiz dos Santos, o “Patrola”, da empreiteira A.L.S., já teria avisado aos “parceiros” que, se for condenado, não vai sozinho pra cadeia.

Ele está prometendo que fará jus ao apelido e, se sentir que está a caminho do cadafalso, não pensará duas vezes para passar a “patrola” levando todo quanto cascalho existir no areal, ou melhor, lodaçal que se transformou a Operação Cascalhos de Areia que investiga a canalização de dezenas de milhões de reais num escandaloso esquema de corrupção na Prefeitura de Campo Grande durante a gestão do ex-prefeito Marcos Marcello Trad, o Marquinhos Trad (PSD).

Assinados no começo da administração de Marquinhos, os contratos têm indícios concretos de que o empresário André Luiz dos Santos, o Patrola, foi o principal operador do esquema de corrupção existente na administração passada. Patrola é a personagem central das investigações conduzidas por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e promotores do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul (MPEMS).

FATOS NOVOS – No fechamento da semana passada novos fatos irrigaram o noticiário político-policial com a informação de que o arquiteto Ariel Dittmar Raghiant, implicado na primeira fase da Operação Cascalhos de Areia por assinar obras pela Engenex Engenharia Ltda., teria sido flagrado ‘combinando’ suposta fraude nas medições de obras suspeitas em Campo Grande.

Com os indícios tornados públicos, Raghiant entra no radar do Gaeco/MPEMS que busca agora elementos concretos no sentido de identificar a real participação do empreiteiro no esquema de desvio de uma verdadeira fortuna de dinheiro público que deveria ser destinados à execução de serviços de recuperação de vias públicas não pavimentadas de Campo Grande.

As investigações mostram que os serviços de patrolamento e cascalhamento de ruas de revestimento natural não foram executados, mas as empreiteiras tiveram o serviço “medido” e receberam seus “haveres” religiosamente em dia dos cofres municipais.

LARANJAL FAMILIAR – Com o afunilamento das investigações, André Patrola, que teve os holofotes todos mirados sobre si no início da operação, ganha novos “companheiros” para dividir a pecha de famigerado e pode não estar blefando quando ameara patrolar Deus e todo mundo caso sentir que está sendo abandonado pelos “parceiros”.

Hoje, a semana da Operação Cascalhos de Areia abre com perspectivas de que pode chegar concretamente a um verdadeiro ‘laranjal em família’ plantado na Cidade Morena para garantir a ocultação dos verdadeiros donos da dinheirama que se esvaiu pelo “dinheiroduto” implantado na Prefeitura da Capital na administração de Marquinhos Trad.

De acordo com o que foi veiculado no portal Midiamax no último sábado, os investigadores não descartam a identificação dos operadores do suposto esquema de corrupção. Isso porque Adir Paulino Fernandes, preso durante a operação, é sogro de Edcarlos Jesus da Silva, também investigado. Ambos possuem empresas com contratos milionários com a Prefeitura de Campo Grande.

Além de envolvimento com empreiteiras, Edcarlos também tentou negócio no ramo de mineração. Em 2022, Edcarlos Jesus da Silva obteve alvará da Agência Nacional de Mineração para iniciar pesquisa de minério em Itaporã, região da Grande Dourados.

CASCALHAMENTO FANTASMA – A Engenex Construções e Serviços e a A.L.S. Construtora não realizaram as obras para que foram contratadas. Relatório do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) apontou que as ruas previstas nos contratos sequer tiveram manutenção e outras que deveriam receber serviços de cascalhamento eram até asfaltadas.

O portal de notícias detalhou as ruas dos bairros São Conrado, Jardim Noroeste e Jardim Carioca que receberiam as ações. Os moradores das regiões acabaram na mão, já que as obras não foram realizadas. Além disso, o relatório do Gecoc aponta que, mesmo com contratos milionários, a Engenex não possuía material disposto nos contratos.

Após extensa exposição pela imprensa, a Agesul, Agência de Serviços do Governo do Estado, subordinada à Secretaria de Estado de Infraestrutura, publicou a paralisação da execução da obra contratada com a empreiteira de André Luiz dos Santos, o Patrola.

Durante a semana, a Operação Cascalhos de Areia promete novas revelações. Aguardem!

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