Conjuminando de mamando a caducando de 17 de maio de 2023

C om destaque para o conhecimento do povo, a imprensa nacional tem mostrado frequentemente, e em números crescentes, casos de má utilização do dinheiro público por parlamentares de todos os níveis. Os recursos são gastos em farras e eventos por eles transformados em atos oficiais. Até passeios e outros esbanjamentos têm sido pagos com dinheiro público. São farras, fanfarras, passeios e outros atos impublicáveis pagos com dinheiro do coitado do contribuinte que sequer dispõe de meios de transportes de conforto e digno. O noticiário causa revolta, porque assim os trabalhadores ficam por dentro de todas as maracutaias de seus “representantes” que se locupletam do erário e passeiam pelos quatro do país, tudo pago com dinheiro público.

O pior de tudo é saber que nos hospitais públicos, às vezes e muitas vezes, o doente perece por falta de médicos e quando são atendidos sofrem com a falta de medicamentos, incluindo-se os mais baratos, como analgésicos e antialérgicos. Quanto aos medicamente mais caros, reze para não precisar da farmácia básica dos hospitais e centros de saúde. Ser for uma medicação de urgência, o paciente corre sério risco de perder a vida.

N as últimas edições do jornal impresso O Estado de MS uma série de “suítes” se transformam em reportagens bem escritas e necessárias com quais foram enfocadas as extravagâncias praticadas por parlamentares insensíveis às necessidades mínimas do povo. E olha que a matéria se atem a dados oferecidos pela própria assessoria da Câmara Alta. Esses números demonstram que um dos campeões entre os “gastões” na área do lazer pago com o dinheiro público é o senador Nelsinho Trad (PSD/foto acima). Na Câmara Federal, acompanham o senador, a novel deputada Camila Jara (foto à esquerda), que começou bem cedo, e o veterano deputado de seis mandatos, Vander Loubet (f0to à direita), ambos do PT/MS.

J á sem querer fazer comparativos, para não deixar os “gastões” em maus lençóis, só o senador Nelsinho Trad gastou em seu gabinete nos últimos três meses o dobro do que as senadoras Soraya Thronicke (União Brasil) e Tereza Cristina (PP-foto acima) gastaram juntas. Sintetizando, a gastança desenfreada coroou Nelsinho Trad como o nosso campeão no quesito gastos exagerados custeados com o dinheiro público.

U m caso engraçado mostra que o veterano senador (também sem querer fazer comparações) Jayme Campos (União Brasil-MT/foto acima) não chegou nem na metade do que gastou o dinâmico senador Nelsinho e olha que foram citados vários outros parlamentares que gastaram menos ainda. É dessa forma que o senador que preside o PSD no Estado procura mostrar para os eleitores a sua dinâmica de trabalho.

M uito bem tem se comportado em sua função de ministra, a nossa eficiente representante, ex-deputada estadual, ex-prefeita de Três Lagoas, ex-vice-governadora e ex-senadora da República, Simone Tebet (MDB-MS/foto acima). Ela tem dado lições de moral em políticos de sua terra, o nosso Mato Grosso do Sul, onde a classe política fez de conta que ela não existia quando de sua candidatura à Presidência da República. No Estado de São Paulo, a grande locomotiva da economia do nosso país, ele fez bonito recebendo 8% dos votos na Capital e quase 6% dos votos no interior paulista. Em MS, sua terra natal, mal chegou aos 4%.

I ndiscutivelmente, este ano é pré-eleitoral, queiram ou não queiram alguns políticos. E sendo um ano de pré-campanha eleitoral, as lideranças que sofreram abalos no pleito eleitoral passado já começam a se rearticular para a eleição do próximo ano. O ex-governador André Puccinelli (MDB/foto acima) está voltando com a corda toda, bem como o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD). Vale registrar que Marquinhos só poderá disputar a próxima eleição se aceitar voltar à Câmara Municipal. Quanto ao MDB é preciso ver se o partido chega com fôlego para a disputa da cobiçada cadeira de prefeito municipal e se o ensaio de um arranjo político com o PSDB do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja vai vingar.

N os meios esportivos, especialmente entre os torcedores santistas, o momento é de festa pela inauguração do Memorial Rei Pelé, na cidade de Santos. Mas não podemos esquecer também que, no momento, os meios esportivos relacionados ao futebol estão borrados e fedendo com as denúncias de manipulação de resultados envolvendo apostadores das “bets da vida” e jogadores de várias equipes das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Como leigo em análise sobre corrupção, um amigo da coluna que pediu para não declarar seu nome, manifestou-se com a seguinte frase: “Os atletas parece que estão treinando para serem atores, função em que mostrarão suas aptidões de intérpretes de pornochanchadas”. Não entendi, mas registrei.

A s torcidas anarquistas dos grandes clubes, ao invés de incitarem os moleques de estádios e arenas a fazerem anarquia e darem maus exemplos aos mais jovens, deviam ou devem levar seus filhos aos jogos para lhes ensinarem noções mínimas de comportamento humano civilizado. Só assim as grandes torcidas voltarão a conjuminar.

N ão está confirmado oficialmente que os irmãos André Puccinelli Júnior e Denise Puccinelli venham a disputar a eleição do ano que vem ou a de 2026 a nenhum cargo eletivo. Eles, apesar do anunciado apoio não confirmado do paizão, André Puccinelli, ex-governador do Estado, demonstram não ter qualquer intenção de navegarem pela seara política estadual. Se sonham disputar qualquer cargo eleitoral que seja, no momento se mostram arredios e preferem esperar por uma oportunidade melhor. Até mesmo porque o MDB precisa ressurgir das cinzas, tal e qual a Fênix, e para isso depende em parte da costura de uma boa aliança, de preferência com o PSDB que, em MS, é o partido bola da vez.

D eus queira que o Governo Federal não cometa o erro de cortar verbas do Sesc, Senac, Sesi e Senai, entre outros órgãos do denominado “Sistema S”, desviando os recursos para outros setores da administração indireta ou para o setor do turismo como andam propalando. É hora de a camada alta dar um basta nos gastos com fantasias, esquecendo-se da importância da educação e da cultura. Por sinal, um protesto em razão de tais informações vazadas do Planalto foi realizado em todo o Brasil. Em nosso Estado, a diretora de Educação Profissional do Senac/MS, Jordana Duenha, afirmou que o objetivo maior da categoria é impedir que os recursos sejam retirados do Sesc e Senac para serem enviados a outras instituições, tendo em vista que este corte pode acarretar diversos problemas nos serviços prestados.

O s meios culturais e jurídicos perderam nos últimos dias a figura dinâmica do advogado e escritor Cavalcanti Ricci que tem importante obras culturais publicadas e estava em vias de lançar uma nova obra que já se encontra no prelo. Aos familiares enlutados as nossas condolências.