Chitãozinho e Xororó, Leonardo e Zezé Di Camargo e Luciano falam do especial Amigos e relembram Leandro: ‘Sentimos sempre a presença dele’

Foto: Maurício Fidalgo/gshow

Cantores, que terão show exibido na Globo dia 11 de dezembro, comentam os 28 anos de amizade e Xororó recorda que cogitaram substituir Leandro após sua morte

Por Gshow

Tudo começou com um show para arrecadar brinquedos e alimentos não perecíveis para entidades beneficentes, em 1995. Assistir às duplas Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e Zezé Di Camargo e Luciano no palco, juntas, foi mais do que um privilégio e era sinônimo de sucesso. A apresentação dos Amigos acabou virando um especial de fim de ano na TV Globo, que ganhou outras edições em 96, 97 e 98 (já sem Leandro). Em 2019, eles se reuniram de novo, depois de mais de 20 anos, e em 2023, teremos mais uma apresentação com os sertanejos no dia 11 de dezembro.

“A ideia quando estreamos era só fazer um show beneficente, mas o sucesso foi tão grande, depois que a Globo entrou no projeto foi um momento muito especial da música sertaneja na época. Isso tem mais de 20 anos, cantamos para mais de 110 mil pessoas e foi o início desse projeto maravilhoso. Até hoje a gente mata a saudade com esse encontro nos palcos viajando pelo país todo”, relembrou Chitãozinho.

Basta poucos minutos perto dos cinco artistas juntos para entender que o sucesso dos Amigos vai além do talento, das músicas e da carreira consolidada que cada um deles construiu. A leveza, a diversão e o carinho com que cada um trata o outro é evidente. Assim que o gshow chegou nos bastidores do Altas Horas para entrevistá-los, as equipes que cuidam dos sertanejos já informaram: “Sabe aquele grupo de amigos quando se reúne? Então, são eles, os Amigos”. Afinal, são 28 anos de amizade.

“Sempre digo que Amigos dá muito certo porque não é um programa que virou uma amizade, é uma amizade que virou um programa. A gente se sente muito bem juntos, gostamos de conversar, abraçar, tirar sarro, é uma história construída. É ter o privilégio de estar ao lado das pessoas que você achava que seria só fã, mas é seu colega de trabalho”, explicou Zezé.

E falar sobre Amigos, é relembrar Leandro, que, poucos dias antes da gravação do especial de 98, morreu devido a um câncer de pulmão. Todas as vezes que o cantor foi mencionado nesta entrevista, Leonardo, Zezé, Chitão, Xororó e Luciano afirmaram que ele pode não estar aqui fisicamente, mas está sempre com eles no palco.

“Um ‘Amigo’ está no céu nos assistindo, o Leandro sempre está com a gente. Construímos uma história de mais de 20 anos”, disse Zezé. “No show sempre tem homenagem para ele, cantamos a música ‘Mano’, é um momento muito forte”, contou Leonardo.

Xororó revelou que eles chegaram a pensar numa substituição após a morte do amigo, mas logo essa opção foi descartada.

“Quando o Leandro nos deixou, conversamos bastante a respeito, foi cogitado colocar outro artista do meio sertanejo no palco com a gente, mas a gente chegou a conclusão que o lugar do Leandro está ali, sentimos sempre a presença dele quando estamos no palco, então Amigos somos nós cinco e ele.”

Será o último show dos Amigos?

A turnê “Amigos – De Volta à Estrada” passou em algumas cidades do Brasil e finaliza em São Paulo com a apresentação dos dois últimos shows, que foram chamadas de “A Última Estrada”, nos dias 2 e 17 de dezembro. Quando se fala em dar um encerramento ao projeto, Luciano é o primeiro a negar.

“Cá para nós, não vai ser despedida. Todos acharam que ia ser despedida em 99 [no programa Amigos & Amigos], quando fizemos o último especial da Globo e a gente voltou! Voltamos em 2019 e, agora, em 2023. Não quero que seja despedida, mas, por enquanto, vamos aproveitar esse momento o máximo possível, mas não acredito em despedida, não. Vamos voltar com Amigos, se já não for no ano que vem”, afirmou Luciano.

“Ainda não estamos pensando nisso, não. É sempre muito gostoso esse encontro, é bom estar com todos. É o último show desse ano, vamos pensar assim”, comentou Xororó.

Amizade eterna

Eles podem ficar o tempo que for longe um do outro. Cada um tem sua agenda de show e fica difícil de fazer encontros regulares, mas, quando isso acontece, eles contaram que a intimidade volta como se vissem todos os dias.

“A gente não quer nem trabalhar, é muita fofoca [risos]. É bom demais, somos cinco irmãos, a gente se ama, se respeita, somos fãs um do outro”, revelou Leonardo. “Falar de Amigos dispensa comentários, sempre uma grande alegria dividir o palco, e os bastidores sempre muito animado”, descreveu Chitão.