Salvos pela vacina: conheça histórias de quem teve Covid-19 e sobreviveu graças aos imunizantes

Brasil já aplicou a primeira dose em 62 milhões de pessoas, e mais de 24 milhões já receberam a segunda

Cecília Magno teve a forma leva da Covid-19 Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Maiá Menezes e Janaína Figueiredo

RIO — Vacina salva vidas. Até agora, o Brasil conseguiu aplicar a primeira dose de vacina em mais de 62 milhões (cerca de 29 da população), e mais de 24 milhões já receberam a segunda dose, algo em torno de 11,5% dos brasileiros.Infográfico:  Conheça as histórias dos que morreram pela Covid-19O três estados que mais avançaram agora em aplicação da primeira dose foram Mato Grosso do Sul (36,84%), Rio Grande do Sul (35,93%) e Santa Catarina (33,6%). Os que mais estão atrasados na aplicação da vacina são Amapá (18,42%), Roraima (19,36%) e Acre (20,13%).Uma cifra, 500 mil vidas:  Saiba dimensionar meio milhão de mortos na pandemia do BrasilNeste sábado, o Brasil ultrapassou a marca de 500 mil mortos pela Covid, ocupando o 2º lugar entre os países que mais registraram óbitos pela doença até agora, segundo dados do projeto Our World In Data, ligado à Universidade de Oxford. Os cinco países que notificaram mais óbitos desde o início da pandemia são, do primeiro ao quinto, Estados Unidos, Brasil, Índia, México e Peru.Abaixo, O GLOBO reuniu seis histórias de quem foi sobreviveu à Covid-19 por conta da vacina.Avanço:Fiocruz entrega cinco milhões de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações

‘Ganhei uma nova chance graças à vacina’

Bruno Barbosa, enfermeiro
Enfermeiro, Bruno Barbosa teve Covid-19 em março e ficou 10 dias intubado. Ele vive com a esposa Ludmila Oliveira e três filhos recém-adotados Foto: Márcia Foletto / Agência O GloboEnfermeiro, Bruno Barbosa teve Covid-19 em março e ficou 10 dias intubado. Ele vive com a esposa Ludmila Oliveira e três filhos recém-adotados Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Durante os dez dias em que esteve intubado por causa da Covid-19, o enfermeiro Bruno Barbosa, de 41 anos, disse ter visto muitas pessoas e orixás (ele é umbandista), visitado lugares a que nunca foi, como a Jordânia, e cantado louvores.Uma das visões foi a de sua filha Anna, de 3 anos, que ele e sua mulher, Ludmila, também enfermeira, adotaram no fim do ano passado junto com seus dois irmãos, Antônio e Luiz, de 7 e 9. No que pareceu um sonho, Anna corria do lado de fora do hospital onde ele lutava por sua vida. Bruno, que ficou doente em março, credita sua recuperação ao fato de ter tomado a primeira dose da AstraZeneca no fim de janeiro.ConsórcioCom 98 mil casos de Covid-19, Brasil bate recorde de diagnósticos positivos divulgados em 24hO maior desespero do enfermeiro era deixar sua mulher e três filhos, que acabavam de ganhar uma nova família, após morarem quase três anos num abrigo, desamparados. Bruno é asmático e tem outras comorbidades. Trabalha como professor e fiscal do Conselho Regional de Enfermagem. Tem certeza que contagiou-se fazendo, justamente, a fiscalização de unidades de saúde no estado do Rio.

— Estávamos há um ano tomando todos os cuidados, quase sem sair de casa. Eu e a pequena de 3 anos, que é muito grudada em mim, acabamos nos contagiando. Estive à beira da morte, tenho plena consciência disso — diz Bruno.

Estudo revelaResfriado comum ajuda corpo a reagir contra o coronavírusA família acaba de se mudar para uma casa no bairro de Lins, na Zona Norte do Rio, que estava em obras quando o enfermeiro testou positivo para a Covid-19. O casal conta que foi roubado por um pedreiro que, além de tudo, fez desastres que ainda precisam ser consertados. Hoje, Bruno, Ludmila, as três crianças e os dois cachorros tentam superar, aos poucos, a sucessão de traumas vividos.

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