Os selecionados iniciam no Cidadania Viva recebendo uma bolsa de R$ 700 (setecentos reais), podendo chegar a R$ 4.200 (quatro mil e duzentos reais), caso consiga se enquadrar dentro dos requisitos para ser coordenador –geral do programa. As outras funções são para monitor social, supervisor e coordenador-regional.
Além de ter idade entre 16 e 29 anos, o inscrito precisa ser estudante da rede pública ou privada, não receber qualquer outro auxílio de programas do Governo do Estado, ter disponibilidade para atuar, entre outras especificidades que podem ser conferidas no Diário Oficial desta quarta-feira, clicando AQUI. O edital está entre as páginas 36 e 44 da publicação. A inscrição deve ser realizada através do site da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (www.sigfundect.ledes.net).
O secretário-adjunto da Secic, Eduardo Romero, frisa que o Cidadania Viva é um grande projeto que vai integrar as pessoas dentro de suas próprias comunidades, sejam elas urbanas, rurais, remanescentes de quilombos, indígenas, entre outras, de modo que recebam informações de apanhado histórico, cultural e ainda vai dar oportunidade de bolsa para adolescentes e jovens com idades entre 16 e 29 anos, oriundos de escolas públicas e privadas e que tenham um tempo mínimo para se dedicarem ao programa. Esta é uma forma de despertar para pesquisa e ainda tem o aspecto econômico, que será regulamentado posteriormente pela equipe de governo.
O Cidadania Viva se divide em quatro eixos. Um deles é o uso da educomunicação, que é uma forma usada para despertar nas pessoas o uso da comunicação midiática, independentemente da idade ou comunidade que elas vivem.
Outro eixo é o Prosa Cidadã, que promoverá rodas de conversas nas comunidades, bairros, associações, comunidades rurais ouvindo pessoas sobre desafio da cidadania, de ser sul-mato-grossense, suas vivencias naquela localidade.
O terceiro eixo envolve muralismo, sendo que muitas destas discussões das rodas de conversa possam ser transformadas em expressões, ocupando espaços públicos, como muros de escola, associações, com manifestações artísticas da própria comunidade.
No Rota Cidadã, lugares serão identificados com QR Code, trazendo modernidade e contemporaneidade digital. As pessoas poderão posicionar seu celular e ter informações sobre fatos históricos. Além disso, terão como oportunidade de conferir o material produzido pelo eixo da educomunicação sobre a comunidade, com história e entrevistas.
“A ideia é fazer um movimento pela cidade, envolvendo e aproximando a sociedade e o Governo. Também vai levar dicas de direitos específicos com as nossas oito subsecretarias (Pessoa com Deficiência, Políticas Públicas para as Mulheres, da Pessoa Idosa, para População Indígena, promoção da Igualdade racial, Juventude, LGBT+ e Comunitário) do Governo do Estado”, explica Eduardo Romero.
Experiência
O Festival Campão Cultural reservou programação nesta quarta-feira (24) até sábado (27) com adolescentes de comunidades indígenas e quilombolas de Campo Grande, para que experimentem a vivência da cidadania e cultura, por meio de agenda que promove rodas de conversa, visitação ao acervo do prédio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), além de intervenção de muralismo em dois pontos da cidade. Um deles é o tapume das obras de reforma da Casa do Artesão e o outro é o tapume das obras do Aquário do Pantanal.
Nesta quarta-feira, a programação começou às 8h, na sede da FCMS, que fica na Avenida Fernando Correa da Costa 559. Os adolescentes conheceram toda estrutura do prédio que, além, da Fundação, abriga a Biblioteca Pública Estadual Dr Isaías Paim, o Museu de Arqueologia da UFMS, o espaço de artesanato e ainda informações sobre as oito subsecretarias estaduais que funcionam na mesma estrutura.
A experiência dos jovens é uma mostra do que o Programa Cidadania Viva vai oferecer aos bolsistas selecionados para desempenharem o papel de monitores sociais em Campo Grande, que é a vivência da cidadania.
O cacique da Comunidade Paravá, que fica em Campo Grande, acompanhou um grupo de jovens indígenas. Ele destaca que a experiência foi muito importante não só para os adolescentes, mas também para os adultos. “Eu mesmo nunca tinha vivido isto, visitado o prédio, que tem tanta coisa, inclusive a história do povo indígena. Agora, nós vamos voltar pra Paravá com aquele ânimo para incentivar os nossos a fazer inscrição nesta seleção (Cidadania Viva) porque é muito importante pra nós”, disse.
William Francisco, 28 anos, nasceu na aldeia Bananal, em Aquidauana, e está morando na Comunidade Indígena Nova Dia, no bairro Santa Mônica. Cursando técnico em saneamento básico, em Limeira/SP, ele é exemplo de jovem que quer adquirir conhecimento e levar para seu povo. “Não vou poder me inscrever, mas este Cidadania Viva vai ser muito bom para os jovens. Vou contar para o meu pessoal e incentivar fazer inscrição”, garantiu.
Mais informações nas redes do programa @cidadaniavivams
Eliane Ferreira , Secic