A cada dois dias, uma pessoa morre por Covid-19 em Mato Grosso do Sul
Correio do Estado – Alanis Netto
Desde o dia 1º de janeiro deste ano, 168 pessoas morreram de Covid-19 em Mato Grosso do Sul, o que indica que a cada dois dias, uma pessoa morre em decorrência da doença no Estado.
O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na última terça-feira (10) chamou atenção para o retorno dos óbitos em Mato Grosso do Sul, já que as mortes haviam sido zeradas há pouco mais de um mês, conforme notificado em boletim divulgado no dia 23 de agosto.
Agora, o registro mais recente aponta para 12 novos óbitos causados pela doença, nos municípios de Campo Grande (3), Aquidauana, Anastácio, Corumbá, Ivinhema, Naviraí, Paranhos, Ponta Porã, Sonora e Rio Negro.
Parte desses últimos óbitos haviam acontecido em meses anteriores, mas só foram confirmados pelo sistema de monitoramento da SES durante a última semana. Dois foram registrados em janeiro, dois em fevereiro, um em junho, um em julho, dois em setembro e quatro em outubro.
Das 12 vítimas notificadas recentemente, nove possuíam alguma comorbidade, e eram em maioria idosos – apenas uma possuía idade inferior a 60 anos.
Os meses com o maior
Com o retorno da “normalidade” e a queda na procura por vacina, a preocupação das autoridades é de que uma nova onda atinja a população.
No dia 20 de setembro, o Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alertou para o aumento no número de caos.
Coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes destacou que a população adulta é a mais afetada, e reforçou a importância do imunizante para frear a letalidade do vírus.
“Temos a vacina bivalente, agora disponível para a maior parte das faixas etárias. E mesmo para aquelas faixas para as quais a bivalente ainda não está aprovada, estar em dia com a vacina disponível para a sua idade é fundamental, especialmente agora que observamos esse aumento”, destacou.
Casos
De acordo com o boletim epidemiológico, 35 municípios do Estado registraram novos casos de contaminação pelo coronavírus nos últimos 7 dias.
Campo Grande foi responsável pela maior parte das ocorrências, com 44 notificações.
A capital é seguida por Chapadão do Sul (16), Itaporã (15), Dourados (13), Vicentina (13), Ivinhema (10), Rio Negro (9), Três Lagoas (9), Mundo Novo (8) e Costa Rica (6).
As cidades de Bodoquena, Nova Andradina, Rio Brilhante, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Paraíso das Águas, Brasilândia, Juti, Água Clara, Amambai, Batayporã, Corumbá, Coxim, Deodápolis, Ladário, Naviraí e Sidrolândia apresentaram entre 5 e 2 novos casos. Os demais municípios registraram apenas uma única ocorrência.
Vacina
A orientação das autoridades na área de saúde é que as pessoas mantenham a vacinação em dia e completem o ciclo de imunização contra a Covid-19.
Em Campo Grande, a procura pelo reforço dos imunizantes ainda está abaixo do considerado ideal.
Atualmente, conforme os dados do vacinômetro da SES, 79.46% da população do Estado está com esquema vacinal completo da vacina. Logo, 20,54% ainda precisam procurar pelo imunizantes nos postos de saúde.
Diante da nova onda de casos de COVID-19, no Brasil, a nova subvariante EG.5 é apontada como uma das causas, devido a sua alta transmissibilidade.
Sintomas da Covid-19
É possível que o cidadão esteja infectado com o vírus da Covid-19 caso apresente os seguintes sintomas:
- Febre
- Tosse seca
- Perda do olfato
- Perda do paladar
- Falta de ar
- Dificuldade para respirar
- Dor ou pressão do peito
Transmissão
O meio de transmissão da Covid-19 se dá por inalação ou contato com gotículas de saliva, secreções respiratórias ou superfícies contaminadas. Portanto, a transmissão pode ocorrer por meio de:
- Tosse
- Espirro
- Catarro
- Apertos de mão
- Contato pessoal próximo
- Contato com objetos contaminados
Prevenção
Existem inúmeras formas de se prevenir o contágio e proliferação da Covid-19. Confira:
- Vacinação contra Covid-19
- Uso de máscara
- Uso de álcool gel
- Lavagem das mãos com água e sabão
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca
- Não compartilhar objetos pessoais
- Ventilar ambientes
- Evitar aglomerações e espaços fechados
Colaborou: Valesca Consolaro