VOLTA POR CIMA – Impulsionado por pesquisas eleitorais, André Puccinelli quer retornar ao Governo do Estado

Prefeito de Campo Grande (1997/2004) e governador do Estado (2007/2014) André Puccinelli (MDB) confirmou, no último dia 04/08 que é pré-candidato ao Governo em 2022. O emedebista diz que os eleitores pedem sua volta e as pesquisas mostra esse sentimento popular.

Durante entrevista ao programa “Bronca do Eli”, veiculado nas emissoras de rádio do Grupo Impacto de Comunicação, neste dia 4 de agosto, André Puccinelli disse que não há nenhuma condenação contra ele, motivo pelo que está pavimentando sua volta ao Governo do Estado. Prefeito de Campo Grande (1997/2004) e governador do Estado (2007/2014) André Puccinelli (MDB) confirmou, que é pré-candidato ao Governo em 2022 e disse que são os eleitores que pedem sua volta e que as pesquisas mostra esse sentimento popular.

De acordo com André, três pesquisas feitas por partidos adversários o colocam na liderança da disputa da sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB). Além disso, eleitores e lideranças políticas teriam, segundo o ex-governador, clamado pela sua volta ao Governo. “Em decorrência desses aspectos todos, intensificou-se o movimento pela volta do André”, garantiu.

GOVERNO ESTADUAL – Sobre como pretende administrar o Estado, Puccinelli cita que passou a administração estadual ao seu sucessor com a máquina administrativa preparada e com recursos em caixa e agora pretende retomar o comando do Executivo para preparar o Mato Grosso do Sul para um novo ciclo de desenvolvimento sustentável.

O ex-governador diz que está elaborando pesquisas e ouvindo o clamor da população para errar menos. “Queremos saber o que Sete Quedas quer; o que quer Juti, o que querem os moradores de Coxim, no Norte, Paranaíba, no Leste, de Maracaju, no Sudoeste; de Corumbá no Noroeste. Queremos saber qual a prioridade da população dos 79 municípios de nosso Estado” frisa.

“Estamos compilando dados dessas pesquisas de tal sorte que a população dos municípios seja a gestora dos recursos públicos” diz André para arrematar enfatizando que administrando juntos, povo e governo, o Estado voltará a praticar o verdadeiro municipalismo que ele deu início em 2007 na sua primeira gestão.

SEGURANÇA PÚBLICA – Instado a falar sobre segurança pública, “um clamor popular”, segundo André, ele afirma que os especialistas dizem que é preciso ter muita atenção com o setor para o sucesso do Governo.

Puccinelli diz que nos oito anos que governou MS deixou amigos em todos os setores da segurança pública, como a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. “Vamos ouvir o que é necessário para dar segurança ao povo. Se falta efetivo, armamento, o que é necessário para dar mais segurança à população” frisou.

Ele citou que pretende integrar as forças policiais locais às forças nacionais e cobrar mais investimentos do governo federal uma vez que 75% dos presos de Mato Grosso do Sul são condenados por crimes federais – tráfico de drogas e armas e contrabando e descaminho. “O governo Federal tem obrigação de ajudar os estados que penalizam outros setores para bancar os presos federais” enfatiza.

Ele cita como exemplo de discriminação o fato de a União privilegiar Brasília, enquanto outras unidades da Federação, como MS, muitas vezes tiram recursos que poderiam ser investidos em saúde e educação para bancar os presos federais. “Temos direitos iguais aos dos brasilienses e cariocas. Vamos exigir respeito ao MS, caso vençamos eleição” diz.

SERVIDOR PÚBLICO – Durante a entrevista André também abordou qual tipo de relacionamento manterá com os servidores públicos, caso se eleja. “Vamos fazer como fizemos nos oito anos em que estivemos no Governo: discutir com todos, sem essa de mandar intermediário. Respeitamos os servidores, porque são eles que fazem o governo” disse para garantir que em sua gestão se discutirá abertamente com os representantes os projetos “para só então enviá-los à Assembleia Legislativa”.

Ele enfatizou que “uma administração pública não é só o André. É o governador, os secretários, o vice-governador, como meu amigo Murilo Zauith, no primeiro mandato, e a Simone Tebet, no segundo. É ouvir os servidores, coordenadores, os gerentes. A administração pública precisa ter respeito com as demais as partes” disse.

CHAPA ABERTA – Durante a entrevista, Puccinelli admitiu que cogita disputar o Governo do Estado tendo uma mulher disputando o Senado. Atualmente, os nomes para compor a chapa são a senadora Simone Tebet (MDB), que disputaria a reeleição, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa (DEM) e a deputada federal Rose Modesto (PSDB).

A ministra percorre o Estado ao lado do secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, cotado para ser o candidato a governador pelo PSDB. Porém, de acordo com o ex-governador, a ministra, que foi secretária estadual de Produção no seu Governo, teria lhe garantido que fará dobradinha com ele, caso volte a disputar o Governo pela 3ª vez.

Puccinelli também disse que Rose não disputará o Governo e lembrou que Simone vem tentando emplacar, com o apoio do ex-presidente Michel Temer (MDB), sua hipotética candidatura a presidente da República. De acordo com André, ele pode ter o apoio das três, já que apenas uma disputará o Senado.

Sobre com quem conversa e negocia a montagem de chapa, André respondeu como se a pergunta fosse feita ao contrário, ou seja, com quem não conversa. “Eu só não converso com o Satanás. O MDB está aberto a todos os partidos para futuros entendimentos. A única coisa que não se negocia é o ideário do partido que é o atendimento a todos os servidores, à população e uma administração calcada no municipalismo” sentenciou.

REINVIDACAÇÃO – Sobre o que mais ouve a população reclamar em suas andanças pelo Estado, ele disse que são ações para melhorar os serviços de saúde, programas de geração de emprego e renda, mais investimentos na segurança pública. “O povo quer que o governo olhe para as famílias mais vulneráveis e que o setor de Assistência Social possa sustentar vulneráveis as famílias até que elas possam se reerguer e se auto sustentar”.

JAIR BOLSONARO – Em relação a Jair Bolsonaro, Puccinelli disse que foi deputado federal por dois anos, 95 e 96, quando o atual presidente já estava na Câmara federal. “Eu o conheço desde aquela época e, hoje, eu diria que não duvido da sua capacidade, de sua boa intenção, mas, infelizmente, de vez em quando ele fala demais e deixa os filhos falarem demais” registra o pretendente à governadoria.

OUTROS TEMAS – Puccinelli ainda abordou suas metas no setor turístico enfatizando que o Estado tem enorme potencial e voltou a defender seu governo em relação às fakes News – segundo ele – que criaram em torno do Aquário do Pantanal.

“As maiores potências do mundo têm como principal fonte econômica o turismo. Nós temos Bonito, por 14 anos indicado por especialistas como melhor roteiro turístico do mundo. E Jardim e Bodoquena não devem nada a Bonito, assim como o nosso turismo de pesca não deve nada para a Argentina” diz para defender que o Governo do Estado tem obrigação de investir no fomento do turismo como agregador de valor à economia estadual.

Ele também relatou que deixou o Aquário do Pantanal com praticamente 90% concluso e o valor de 34 milhões e 261 mil reais para a sua conclusão. “Assumindo o Governo vou terminar o Aquário que, aliás, não sei porque não quiseram terminar”. Para André se a obra tivesse tido continuidade normal, com 420 pessoas trabalhando, em quatro meses estaria conclusa.

Ele ainda explicou que criaram uma fábrica de fake News sobre os valores despendidos com as obras do Aquário do Pantanal, inclusive com afirmações de que foram desviados recursos da saúde. “O dinheiro usado, algo em torno de 160 milhões, e não 300, 400 milhões, como espalharam, eram recursos provenientes de compensação ambiental. Não tinha recursos de saúde, educação e segurança” disse mostrando documentos que comprovam o investimento de 800 milhões na área da saúde, “e ainda tinha dinheiro para fazer o Aquário”.

“Tinha dinheiro sobrando na saúde e dinheiro em caixa para o Aquário. Tenho os documentos que provam que se tivessem seguido o mesmo ritmo do último mês do meu governo teria custado pouco mais de 160 milhões de reais a obra conclusa e, além de fomentar a economia, já tínhamos contatos adiantados com duas universidades, para o monumento ser um excelente ponto de pesquisas para os estudantes que não pagariam ingresso para conhecer o local” contou.

Sobre a denúncia de mortandade de peixes, ele frisou que não morreram peixes. “Eram os denominados forrageiros que servem de alimentos para os grandes peixes”. Morreram, segundo ele, um pacu e uma arraia. “Os demais peixes que morreram eram os forrageiros, que servem de alimentos para os peixes de couro”.

Já chegando ao final da entrevista ele citou que 67% do bioma pantaneiro se localiza no Estado. E o Aquário será um ponto importante de estudo da fauna ictiológica de Mato Grosso do Sul.

Em relação à obra da Universidade Estadual que acabou sendo inaugurada no atual Governo, André Puccinelli, sem fazer qualquer menção que desse conotação de crítica, registrou que deixou o canteiro de obras praticamente concluída e, inclusive, com a criação do Curso de Medicina que hoje é mantido ali pela UEMS.

 

 

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