Em justificativa anexada ao projeto, a vereadora Tânia afirmou que a utilização do restaurante popular certamente traria reflexos positivos na economia douradense, pois os recursos economizados com a alimentação, seriam utilizados em outros segmentos dos setores de bens de consumo e serviços, gerando, por consequência, maior arrecadação para o município.
Pelo projeto, a Secretaria de Assistência Social definirá o valor, a quantidade, o horário e , o cadastramento dos beneficiários, bem como, demais critérios para o uso do restaurante popular que já tem recursos alocados para a sua concretização. São R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1,5 milhão de uma emenda da senadora Soraya Thronicke e mais R$ 1 milhão da ex-deputada federal Rose Modesto. As emendas foram viabilizadas pelo vice-prefeito de Dourados, Dr. Guto.
Apesar de toda a argumentação de Tânia Cristina, que deixou aberta a possibilidade de o município firmar convênios com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul no sentido de ampliar a rede de restaurantes no município ou, ainda, da elaboração convênios com entidades do terceiro setor que tenham interesse em instalar e administrar os restaurantes, nada sensibilizou os seus colegas vereadores.
A votação de 17 vereadores pela suspensão da discussão do projeto contrariou, inclusive, o parecer favorável dado pelo vereadores que integram a Comissão de Constituição e Justiça, assim como o parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal. A formação desse “grupão” para votar a suspeição do projeto “Prato na Mesa” deixa a impressão clara de todos os vereadores de Dourados se uniram para atuar contra a vereadora Tânia.
Suspender a discussão do projeto até seria admissível, desde que ao menos os vereadores da Comissão de Constituição e Justiça votassem contrário ou se abstivessem de votar. Agora, a unanimidade contrária a um projeto que tem aval quanto sua constitucionalidade e a aprovação da Procuradoria-geral do Poder Legislativo, soa perseguição declarada contra a autoria do projeto.
A 1ª discussão e votação ficaram adiadas por seis sessões, ou seja, com mais alguns casuísmos quando o projeto voltar à pauta é bem provável que chegue o recesso parlamentar de fim de ano sem que o projeto tenha sido discutido e votado e aí já se sabe o que pode acontecer…