Vereadora propõe criação de restaurante popular em Dourados, mas todos os demais vereadores se posicionam contra

Uma importante ferramenta para a melhoria da qualidade de vida da população de Dourados pode não sair do papel por birra dos vereadores douradenses em relação à vereadora Tânia Cristina (PP).

Ela propôs a criação de um restaurante popular na cidade, através do projeto de lei nº 147/2023, mas a discussão que deveria ter sido iniciada e concluída na sessão de ontem para que o projeto entrasse na pauta de votação não aconteceu porque o vereador Olavo Sul pediu a suspensão da discussão e da votação da criação do restaurante e o pedido foi aceito por todos os demais vereadores. 

Dessa forma, por causa da birra do vereador Olavo Sul e dos seus colegas Marcão da Sepriva, Daniel Junior, Marcelo Mourão, Tio Bubi, Sergio Nogueira, Elias Ishy, Fábio Luis, Liandra Brambilla, Cemar Arnal, Mauricio Lemes, Olavo Sul, Jânio Miguel, Roderio Yuri, Marcio Pudim, Creusimar Barbosa, Diogo Castilho, Juscelino Cabral, o sonhado restaurante para oferecer comida de qualidade a preço baixo para a população douradense pode voltar à estaca zero.

Se aprovado, o projeto denominada “Prato na Mesa” teria como objetivo atender a um número expressivo de pessoas, garantindo melhoria no índice desenvolvimento humano e significativa redução dos gastos públicos na área da saúde, uma vez que população melhor alimentada é população imune a muitas doenças.

Em justificativa anexada ao projeto, a vereadora Tânia afirmou que a utilização do restaurante popular certamente traria reflexos positivos na economia douradense, pois os recursos economizados com a alimentação, seriam utilizados em outros segmentos dos setores de bens de consumo e serviços, gerando, por consequência, maior arrecadação para o município.

Pelo projeto, a Secretaria de Assistência Social definirá o valor, a quantidade, o horário e , o cadastramento dos beneficiários, bem como, demais critérios para o uso do restaurante popular que já tem recursos alocados para a sua concretização. São R$ 2,5 milhões, sendo R$ 1,5 milhão de uma emenda da senadora Soraya Thronicke e mais R$ 1 milhão da ex-deputada federal Rose Modesto. As emendas foram viabilizadas pelo vice-prefeito de Dourados, Dr. Guto.

Apesar de toda a argumentação de Tânia Cristina, que deixou aberta a possibilidade de o município firmar convênios com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul no sentido de ampliar a rede de restaurantes no município ou, ainda, da elaboração convênios com entidades do terceiro setor que tenham interesse em instalar e administrar os restaurantes, nada sensibilizou os seus colegas vereadores.

A votação de 17 vereadores pela suspensão da discussão do projeto contrariou, inclusive, o parecer favorável dado pelo vereadores que integram a Comissão de Constituição e Justiça, assim como o parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal. A formação desse “grupão” para votar a suspeição do projeto “Prato na Mesa” deixa a impressão clara de todos os vereadores de Dourados se uniram para atuar contra a vereadora Tânia.

Suspender a discussão do projeto até seria admissível, desde que ao menos os vereadores da Comissão de Constituição e Justiça votassem contrário ou se abstivessem de votar. Agora, a unanimidade contrária a um projeto que tem aval quanto sua constitucionalidade e a aprovação da Procuradoria-geral do Poder Legislativo, soa perseguição declarada contra a autoria do projeto.

A 1ª discussão e votação ficaram adiadas por seis sessões, ou seja, com mais alguns casuísmos quando o projeto voltar à pauta é bem provável que chegue o recesso parlamentar de fim de ano sem que o projeto tenha sido discutido e votado e aí já se sabe o que pode acontecer…

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