Vereadora Flávia Bravo assume crime de responsabilidade ao admitir que pagou compras antes de recebê-las  

Coruripe é uma bela cidade costeira do Estado de Alagoas _ Wikipédia

A vereadora Flávia Bravo, presidente da Câmara Municipal de Figueirão, utilizou uma de suas redes sociais para se defender de material jornalístico veiculado em órgãos de imprensa do Estado onde são expostas algumas possíveis irregularidades e até crime de responsabilidade cometidos por sua administração no fechamento do exercício administrativo de 2023.

São várias as denúncias, com ênfase ao possível crime de responsabilidade cometido ao efetuar compras de produtos e serviços para atender às necessidades da Câmara Municipal de Figueirão e efetuar o pagamento das faturas antes de o órgão comprador ter recebido os produtos adquiridos por meio de pregões licitatórios que dispensaram a realização de concorrência.

Outro ato da presidente Flávia Bravo que gerou descontentamento e suspeitas de moradores figueirãoenses diz respeito à aquisição de equipamentos de ar condicionado para a Câmara de Vereadores de Figueirão em uma empresa situada no município de Coruripe, Estado de Alagoas.

Coruripe é uma cidade turística alagoana, distante 2.869 km de Campo Grande e pouco mais de 3.100 km de Figueirão. Possui várias atrações turísticas, como praias de água doces às margens do Rio Coruripe, que empresta seu nome à cidade, e das maravilhosas praias alagoanas às margens do Oceano Atlântico.

Vereadora Flávia Bravo pode ter muito o que se explicar ao povo de Figueirão _ Portal da Câmara Municipal

O povo de Figueirão pergunta: “O que uma empresa ou um empresário de uma cidade de 53 mil habitantes têm de especial para vencer concorrência com dispensa de licitação e adesão de ata em uma cidade distantes mais de 3 mil km?”.

Essa pergunta não foi bem explicada, mas a vereadora Flávia, em seu bravo discurso, garante que tudo o que fez no fim de ano de 2023 foi feito dentro dos rigores da lei.

Antes da abertura de sua fala, um painel foi veiculado com dizeres do artigo 5º da Constituição Federal, muito usado por pessoas públicas para amedrontar jornalistas ou de empresários dos meios de comunicação.

É verdade que não é crime de responsabilidade acumular um cargo na Câmara Municipal com outro exercido na Secretaria Municipal ou Estadual de Educação.

Porém, pelo valor recebido de diárias, quase R$ 50 mil pagos pela Câmara Municipal à sua presidente, é bem possível que a vereadora Flávio terá que explicar como consegue ministrar aulas na Rede Estadual ou Municipal de Ensino com tantas viagens efetuadas pelo Estado e pelo país que lhe resultam em muitos afazeres na busca incessante de melhorias para o setor de ensino público.

Se conseguir se explicar, tudo bem.

No entanto, se as explicações não forem convincentes, é bem provável que ela tenha que responder por mais um crime de responsabilidade por acumular três salários: o de vereadora com o de professora e o de viajante em nome da Câmara Municipal que lhe garantiu no ano passado repasses de quase R$ 50 mil para cobertura de viagens a serviço da Câmara Municipal de Figueirão.

Mas, há ainda muito a explicar, motivo pelo que voltaremos ao assunto!