Puccinelli aceita apoiar Beto Pereira na Capital em troca de aliança com PSDB para o Senado
Embora lidere todas as pesquisas já veiculadas pela imprensa de Mato Grosso do Sul, o ex-governador do Estado André Puccinelli (MDB) pode desistir da disputa pela Prefeitura de Campo Grande. Em entrevista ao jornalista Averaldo Fernandes, no Podcast “Pod o quê”, no Município de Camapuã, Puccinelli falou do desejo de disputar o Senado, sinalizando que pode não ser candidato na Capital e que pode apoiar o pré-candidato do PSDB, Beto Pereira, caso receba em troca o apoio para concorrer ao Senado na eleição de 2026.
Indagado sobre a candidatura, Puccinelli afirmou que errou em 2014 quando apoiou Simone Tebet e, agora, se puder escolher, será candidato ao Senado. “O único cargo que eu não disputei foi o Senado. Quando sai do governo, tinha todas as condições de me eleger. Apoiei a Simone, que de Dourados para baixo, no Cone-Sul, ninguém a conhecia. Apoiei ela e se elegeu com os pés nas costas. Errei naquela época, tenho que reconhecer, tenho que ter humildade de dizer que errei. Deveria ter continuado na política e saído candidato ao Senado”, explanou.
Puccinelli ressaltou que está conversando com todos e confidenciou que pediu para o PSDB indicar seu vice, já que lidera as pesquisas. Nesta condição, diz que poderia ser candidato.
“Se o PSDB me apoiar, apresentando o vice lá em Campo Grande, começo a estudar a possibilidade de disputar a Prefeitura da Capital. O ex-governador deixou claro que defende a aliança com o PSDB com o objetivo de garantir uma vaga para o MDB concorrer ao Senado em 2026. Esse seria preço cobrado pelo apoio ao candidato tucano. Indagado se já fez a proposta oficialmente, o ex-governador disse que eles devem fazer a proposta e não ele propor.
Caso fique fora da disputa em 2024, Puccinelli declara enfaticamente que será candidato em 2026, mesmo que não seja para o uma cadeira ao Senado. “Se eu puder escolher, escolho o Senado que é algo que me agrada. Se não, vou disputar algum cargo. Em 2026 vou disputar algum cargo para apoiar meus amigos” declarou deixando transparecer que pode concorrer ao cargo de deputado federal que já exerceu por dois anos (95/96), antes de conquistar a Prefeitura de Campo Grande.
Caso o PSDB confirme aliança com Puccinelli, nas condições pedidas, a chapa terá dois ex-governadores na dobradinha pelo Senado, já que Reinaldo Azambuja já deixou claro o interesse pela disputa por uma vaga no Senado Federal.
O “namoro” entre os líderes do MDB e do PSDB, que foram parceiros em várias ocasiões no passado, parece ter sido reatado durante um encontro de lideranças dos dois partidos na casa ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), em Campo Grande. Na ocasião, ficou acertado que o MDB apoiará a reeleição do governador Eduardo Riedel (PSDB) e a candidatura de Reinaldo Azambuja para o Senado em 2026. Na ocasião, não trataram da outra vaga, visto que a ex-senadora Simone Tebet não demonstrou desejo de concorrer novamente ao cargo, pelo menos durante a tratativa. (Com informações do Investiga MS).