Equipes da Defesa Civil atuaram na conscientização sobre a dengue nas ruas de Campo Grande durante o Carnaval – Fotos: Divulgação/Cepdec
Helton Davis
O Governo de Mato Grosso do Sul começou mais um trabalho estratégico para combater o avanço da dengue e outras arboviroses no Estado, como a chikungunya e a Zika. Nesta segunda-feira (19) equipes da Cepdec (Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil) deram o pontapé inicial no trabalho que envolve 15 municípios sul-mato-grossenses na divisa com os estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Tudo é desenvolvido em parcerias locais.
Três Lagoas (divisa com São Paulo) e Mundo Novo (divisa com Paraná) são apontados como prioritários pela Operação Integrada Interestadual de Combate à Dengue, que segue até sexta-feira (23) e terá já na próxima terça-feira (20) seu “Dia D”, quando serão intensificadas as atividades contra o mosquito Aedes aegypti nas regiões elencadas.
“Vamos atuar nos municípios que fazem divisa com estes estados com orientação e limpeza pública. Tudo com o apoio das defesas civis municipais e prefeituras”, disse o capitão Maxwelbe Moura, chefe do Departamento de Riscos e Desastres da Cepdec.
A força-tarefa é realizada de forma simultânea nos municípios de Mato Grosso do Sul e nos dos quatro estados envolvidos, concentrando esforços nas ações mecânicas para combate aos focos do mosquito Aedes aegypti. O trabalho ocorre em seis cidades na divisa com o Paraná, uma com Minas Gerais e outras oito na divisa com São Paulo.
Defesa Civil de MS nas ruas
Equipes da Cepdec, em conjunto com as coordenadorias municipais de Defesa Civil, farão panfletagem no centro das cidades e acompanharão as ações de limpeza urbana para eliminação dos focos do mosquito transmissor. A orientação sobre os sintomas da dengue é outro foco da ação nos municípios localizados na divisas estaduais.
“A gente sabe que mais de 80% dos focos de proliferação do mosquito estão dentro das residências e terrenos. Além disso, é importante orientar quanto aos sinais e sintomas de dengue, Zika e chikungunya. As pessoas ainda confundem muito com a gripe e covid”, disse o capitão da Defesa Civil de Mato Grosso do Sul.
Além deste trabalho, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) com o apoio da coordenadoria deve iniciar até o mês de março uma operação com as Forças Armadas e forças da segurança pública estadual para a extinção de criadouros do mosquito, que se prolifera em água parada.
Neste caso, o ponto focal da ação integrada deve ser Campo Grande, onde serão cedidos 100 agentes para que o município consiga expandir o trabalho nas áreas tidas como prioritárias. “Principalmente os que estão os principais focos, para que haja uma atenção maior nos bairros com mais proliferação do mosquito e casos de pessoas doentes”, ressalta Moura.
Combata a dengue você também
A necessidade de eliminação de focos nas casas é urgente e se faz necessária diariamente, pois o ciclo de reprodução do mosquito – que além de dengue e chikungunya, também transmite zika, e outras doenças – é rápido, de aproximadamente oito dias.
Estudos recentes apontam que devido às mudanças climáticas com as fortes ondas de calor, o ciclo reprodutivo do Aedes aegypti reduz para quatro dias, agravando a proliferação do mosquito e consequentemente os índices de pessoas infectadas.