Brasil tem doses para vacinar apenas 1,1% da população contra a dengue
O número não cobre todas as pessoas na faixa etária priorizada, de 6 a 16 anos, que somam 30,5 milhões no país, conforme aferição do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Ministério da Saúde declarou, na última segunda-feira (15), que tem a previsão de imunizar uma parcela do grupo de crianças e adolescentes.
Segundo Trindade, além da idade, será levado em conta o município onde vive a pessoa.
“Ainda não está fechado como vai ser a vacinação. Depende da faixa etária, mas também do estado ou município mais afetado. Nós vamos estar olhando faixa etária, disponibilidade de vacinas, porque são precisas 10 milhões de doses mais ou menos para vacinar essa população”, disse a jornalistas brasileiros em Davos.
“Incorporamos essa tecnologia, foi uma decisão pioneira num sistema público, mas o laboratório tem uma disponibilidade limitada de doses”, afirmou a ministra, acrescentando que o entrave é disponibilidade, não orçamento, e que a estratégia será “continuada”.
Na segunda, o Ministério da Saúde comunicou que seguiria a recomendação do grupo especializado da Organização Mundial da Saúde para priorizar crianças e adolescentes em idade escolar, de 6 a 16 anos, e não aquelas menores, que não tiveram contato endêmico com a doença. As faixas consideradas mais vulneráveis à doença são as de idosos e de crianças pequenas.
Nísia participa do encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, onde participa de discussões sobre acesso a medicamentos após o gargalo ocorrido com a vacina da Covid, efeitos da mudança climática na saúde e uso da inteligência artificial pelo setor.