Politicando – 03 – 04 – 2021
REFORMA E ELEIÇÃO
A reforma ministerial realizada nos últimos dias pelo presidente Bolsonaro denota a preocupação que ele está tendo com a sua própria sucessão que ocorrerá no próximo ano. O presidente está acertando os ponteiros com os partidos do centrão e nos próximos meses deve escolher uma legenda para se filiar e ficar pronto para a disputa.
AUTOGOLPE
Antes de promover a reforma no ministério, Bolsonaro teria ensaiado um auto golpe, mas que acabou sendo um tiro pela culatra. Após proclamar elogios e mais elogios ao que ele denomina de “meu Exército” ele sentiu que se quiser continuar governando o país vai ter de ganhar no voto em outubro do ano que vem. No Exército, na Marinha e na Aeronáutica a ordem do dia é 100% respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito.
GOLPISTAS PANACAS
Se há um grupo formado por homens e mulheres 100% panacas indiscutivelmente é o grupo formado por defensores da intervenção militar (foto). Esse doentes mentais são defensores de um golpe militar e ao mesmo tempo apoiadores incontestáveis do presidente Jair Bolsonaro. Só na cabeça de vento desse povo para caber a ideia de que os militares dariam um golpe de estado para entregar o comando para um capitão da reserva. Valha-me Deus!
MUDANDO A TÔNICA
Parodiando meu amigo Barbosires da coluna Conjuminando, vou mudar de bambu pra taboca e de abóbora para jerimum, deixando o golpe de estado de lado para falar das eleições democráticas que acontecerão no ano que vem para escolha de presidente, governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais, bem como seus respectivos vices e suplentes.
SENADO
Como já falei sobre a eleição presidencial e para governador em edições anteriores da coluna, vamos falar sobre as eleições legislativas do próximo ano, começando pelo Senado que será renovado em um terço, logo, com os 26 estados e o Distrito Federal elegendo um senador cada.
BRIGA DE FOICE
No Mato Grosso do Sul, a disputa pela cadeira ora ocupada por Simone Tebet (MDB) promete ser titânica. Além da própria senadora que pode concorrer à reeleição, dependendo dos entendimentos que ocorrerem daqui por diante, o PSDB deve vir com a candidatura de Reinaldo Azambuja, agora reforçado pela ajuda mensal de R$ 200,00 a ser dada a milhares de famílias de baixa renda. O PT também ganha sobrevida com o renascimento de Lula e pode emplacar uma chapa estadual tendo Zeca do PT (foto) como expoente. Sem falar que os bolsonaristas também não devem abrir mão de tentar eleger um colega para a senadora Soraya Thronicke (PSL).
BRIGA DE FOICE (1)
Nesse cenário não se pode deixar de lado uma possível candidatura ao Senado de André Puccinelli (MDB), caso ele desista de concorrer ao Governo do Estado e, por exemplo, apoie uma chapa petista à sucessão de Reinaldo Azambuja. São ilações de momento, mas nada 100% descartável.
CÂMARA FEDERAL
Outra briga boa ocorrerá pelas oito vagas que tem o Mato Grosso do Sul na Câmara Federal e que hoje são ocupadas por 10 deputados federais, pois, além dos oito no mandato temos a ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias (DEM), deputada eleita licenciada desde o primeiro mês de mandato, e seu suplente, Geraldo Resende (PSDB), que tomou posse e se licenciou para ser secretário de estado de Saúde, dando lugar à ex-primeira-dama de Corumbá Bia Cavassa (PSDB) que ocupa a cadeira em Brasília.
CÂMARA FEDERAL (1)
Além dos três donos de única cadeira, outros parlamentares terão de se virar nos trinta para conseguir a reeleição. Dagoberto Nogueira (PDT/foto) tem tradição de ser vencedor, mas terá de preparar uma chapa forte para conseguir atingir o coeficiente eleitoral mínimo para garantir uma cadeira. No PSL, o médico Luiz Ovando e o seu colega Tio Trutis também deverão agilizar a montagem de uma boa chapa para tentar repetir o feito de 2018, valendo lembrar que concorrendo à reeleição correm o risco de não repetirem a votação passada até mesmo pelo desgaste natural do exercício do mandato.
CÂMARA FEDERAL (2)
No PSDB a briga promete ser de foice no escuro. Além de Bia Cavassa e Geraldo Resende, suplentes de Tereza Cristina, a legenda tem ainda Beto Pereira e Rose Modesto no exercício do mandato, além de nomes fortes que virão para a disputa. Na eleição passada, os tucanos elegeram apenas dois (hoje somam três com a suplente Bia) e se repetir o feito, dois dos quatro continua fora da lista dos eleitos.
SORTUDO
Cumprindo o quinto mandato consecutivo na Câmara Federal, Vander Loubet (PT) poderá ter uma reeleição, que parecia complicada, mais fácil do que se imaginava. Se Lula realmente chegar a 2022 apto a disputar a Presidência da República, fica fortalecida a candidatura de Zeca do PT ao Governo do Estado e Vander, mais uma vez, terá a sobrevivência garantida, sem sobressaltos.
VIDA FÁCIL
A vida mais fácil nessa seara da Câmara Federal parece ser a de Fábio Trad cujo partido, o PSD, é todo comandado pela família que ainda tem o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, o senador da República, Nelson Trad Filho, e o vereador Otávio Trad. Reeleição garantindo, ficando a dúvida apenas quanto o tamanho da votação que será obtida por ele.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Achei que daria para comentar em apenas uma edição da coluna as eleições para Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, mas vou ter deixar o pleito proporcional no âmbito do Estado para a próxima edição, adiantando apenas que, nos meios políticos, comentam-se que uma das 24 vagas da Assembleia Legislativa já teria dono e que será estreante no Poder: o atual subsecretário de estado de Educação Édio Antônio que vem sendo preparado para ser o campeão de votos na eleição do ano que vem.
E VIVA O PORCO!
Com o Abel Ferreira já treinando a meninada no Jardim Suspenso, estamos prontinhos para atropelar os Hermanos nesta quarta-feira, em Buenos Aires, pela Supercopa Conmebol. No dia 14 terá o jogo de volta, em Brasília, com o Verdão ainda em clima de comemoração da Supercopa do Brasil cuja disputa acontece no dia 11, também em Brasília, contra a urubuzada carioca. Viva o Porco!