Dia das Mães: Em meio à pandemia, o desafio do maternar
Os tempos difíceis exigem ainda mais aprendizado e força de todas as mães – Foto: Arte: Luciana Kawassaki
Christiane Mesquita
O desafio das mães se tornou ainda maior, conciliar o “monitor” ligado com o filho, muitas vezes no colo, ou pedindo algo, não é tarefa das mais fáceis. Elas passaram então a se dividir entre os afazeres da casa, necessidade dos filhos e as atividades do ofício. E presencialmente, por alguns dias, não puderam contar com escolas abertas, ou até babás, muitas delas não têm rede de apoio alguma. Mães, essas mulheres que nos carregaram nos braços, com muito amor, abnegação, ternura e o eterno devotar por aqueles chamados filhos e filhas acalentados nos braços quando crianças e em abraços apertados vida afora, merecem todo o nosso respeito e devoção.
Paulo Corrêa deseja Feliz Dia das Mães às mulheres do Estado – Foto: Luciana Nassar
Reiterando a importância do Dia das Mães, que será comemorado no próximo domingo (9), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), homenageia as mães e reforça o compromisso da Casa de Leis com elas. “Queria cumprimentar você, mamãe, do Mato Grosso do Sul. No seu dia, o Dia das Mães, eu, presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, estou desejando um Feliz Dia das Mães para você com toda sua família, pois a gente sabe o que significa a mãe, mãe é o suporte, o porto seguro de toda família. Contem comigo e com a Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul”, frisou (veja o vídeo clicando aqui).
Pandemia e maternidade
Ursula e o filho Joaquim Francisco, de 2 anos – Foto: Arquivo pessoal
Para Ursula de Menezes, funcionária pública do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA), a pandemia trouxe uma série de transtornos. “Em março de 2020, Joaquim Francisco tinha 1 ano e 3 meses, conseguimos vaga em creche pública, e eu acreditava que finalmente minha vida voltaria ao normal após a gestação, licença-maternidade e o teletrabalho legalmente instituído na época com as minhas condições, uma mãe sem acesso a creche. Voltei ao trabalho presencial em fevereiro, e comecei uma nova rotina, atividades físicas em uma academia, estava muito feliz. Aí recebo a notícia do teletrabalho por 15 dias, devido a da Covid-19”, contou.
“As dificuldades surgiram, o trabalho passou a ser monitorado por metas individuais de produção. Eu e meu filho integralmente juntos. Extremamente sobrecarregada com os afazeres domésticos, um bebê ainda necessitando dos meus cuidados para tudo em tempo integral, e a minha cabeça pensando no meu trabalho, do qual não conseguia produzir, nem me concentrar como antes. Trabalhei muitas vezes até quase meia-noite para tentar suprir as metas. Sem uma rede de apoio e com tanta sobrecarga, entrei em um estado ansioso-depressivo, e busquei ajuda médica e terapêutica”, disse.