Em meio a onda de calor, cuidados devem ser tomados em rios, piscinas e balneários para evitar acidentes

Foto: Bruno Rezende

Heloisa Duim*

Rios, piscinas e balneários se tornaram alternativa para amenizar a onda de calor enfrentada pelos sul-mato-grossenses na última semana. O Estado tem registrado altas temperaturas e baixos valores de umidade relativa do ar devido a atuação de um bloqueio atmosférico, que intensifica o clima quente.

Nos últimos dias, 13 cidades do estado atingiram mais de 40°C, com a maior temperatura registrada em Porto Murtinho (42,9°C) na segunda-feira (25). Apesar das recomendações de beber bastante líquido, umidificar os ambientes e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia, as medidas nem sempre são o suficiente para lidar com as temperaturas acima da média.

Com o calor intenso, as programações de lazer quase sempre incluem rios, piscinas e balneários para aliviar as altas temperaturas, principalmente aos finais de semana. Apesar do desejo de se refrescar, esses locais podem ser perigosos e exigem atenção redobrada para evitar acidentes e afogamentos.

De acordo com o tenente-bombeiro do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul Waldevino Gomes Pinheiro, as principais causas de afogamento incluem falta de habilidade na natação, falta de conhecimento a respeito do local em que se nada, cansaço do nadador, traumatismo por mergulho em águas rasas ou com pedras, cãibras, uso de álcool e problemas de saúde como infartos e crises convulsivas.

“Se presenciar uma situação de afogamento, ligue imediatamente 193. Depois tente ajudar a vítima sem entrar na água, fornecendo um material flutuante para que a vítima se acalme e, posteriormente, com o auxílio de uma corda ou um galho para tentar retirar essa vítima, sem entrar na água”.

Orientações

Os afogamentos são incidentes que fazem muitas vítimas, principalmente em períodos de altas temperaturas. Waldevino Gomes Pinheiro explica que, em caso de acidentes, é importante que a pessoa só tente ajudar caso esteja adequadamente habilitado para o auxílio.

“É importante ressaltar que, em caso de afogamento, o cidadão só tente salvar a vítima caso seja habilitado e esteja em boas condições físicas para a ação. Caso contrário, tente se aproximar da vítima e lance algum objeto que a ajude a flutuar, ser puxada para um local seguro e acione o guarda vidas ou o Corpo de Bombeiros Militar através do telefone de emergência 193”.

Outras medidas recomendadas são:

  • Ensine as crianças a nadar;
  • Mesmo com boias e materiais flutuantes, crianças devem ficar na água sempre sob a supervisão de adultos;
  • Não permita brincadeiras como corrida, saltos, e de empurrar perto de piscinas, rios ou lagos;
  • Não deixar brinquedos ou materiais dentro da piscina, pois atraem a atenção de crianças;
  • Não deixe baldes ou bacias com água ao alcance de crianças e sempre deixar a tampa da privada fechada;
  • Antes de entrar na água, não ingira bebida alcoólica e obedeça às sinalizações;
  • Nade longe de pedras e estacas.

* do Programa de Estágio Supervisionado

 

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