Crescimento da atividade industrial da China desacelera em março, mostra PMI oficial Por Reuters @br.investing.com
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© Reuters. Empresa de filtros em Dezhou, China
25/08/2022. REUTERS/Siyi Liu
PEQUIM (Reuters) – A atividade industrial da China expandiu a um ritmo mais lento em março, mostraram dados oficiais nesta sexta-feira, levantando dúvidas sobre a força da recuperação do setor pós-Covid em meio a uma demanda global mais fraca e desaceleração do mercado imobiliário.
O setor de serviços foi mais forte, com a atividade expandindo no ritmo mais rápido em quase 12 anos após o fim da política de Covid zero da China em dezembro, impulsionando transporte, acomodação e construção.
O oficial da indústria ficou em 51,9, ante 52,6 em fevereiro, segundo dados da Agência Escritório Nacional de Estatísticas, acima da marca de 50 que separa expansão e contração da atividade mensalmente.
Isso superou ligeiramente a expectativa de 51,5 apontada por economistas em uma pesquisa da Reuters e levou o a se fortalecer em relação ao . O número de fevereiro cresceu no ritmo mais rápido em mais de uma década.
A atividade econômica da China acelerou nos primeiros dois meses de 2023, à medida que o consumo e o investimento em infraestrutura impulsionaram a recuperação após o fim das interrupções da Covid-19, e as vendas no varejo voltaram a crescer.
Economistas do Nomura disseram que os dados fortes sugerem que a economia da China atingiu um “ponto ideal” após o fim das medidas de aperto imobiliário e da política de Covid zero.
“No entanto, em meio ao rápido agravamento das tensões geopolíticas e preocupações financeiras fora da China, isso pode não durar muito”, acrescentaram em nota.
As empresas enfrentam desafios, incluindo demanda fraca, disponibilidade restrita de capital e altos custos operacionais, e as bases para uma recuperação econômica precisam ser consolidadas, disse a agência de estatísticas em comunicado.
Embora o sentimento das empresas e dos consumidores esteja começando a melhorar, o setor industrial continua sob pressão em meio à demanda global lenta e custos elevados.
A atividade industrial foi afetada pela desaceleração do crescimento da produção e da demanda dos clientes, com os subíndices de produção e novos pedidos mostrando quedas em relação aos níveis de fevereiro.
Em contraste, o PMI não manufatureiro saltou para 58,2 contra 56,3 em fevereiro, atingindo o nível mais alto desde maio de 2011 com a recuperação do setor de serviços.
“O forte impulso provavelmente continuará nos próximos meses, já que o índice de novos pedidos para o setor de serviços continuou a subir”, disse Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management.
(Reportagem de Liangping Gao e Ryan Woo)
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