Roger Waters disse ter recusado um pedido de Mark Zuckerberg para usar uma das músicas do Pink Floyd numa propaganda. Durante uma entrevista em um fórum de apoio a Julian Assange, o músico de 77 anos alegou ter recebido uma carta na qual o fundador do Facebook oferecia “uma enorme quantidade de dinheiro” para usar o clássico “Another Brick in the Wall (Part 2)” numa campanha para o Instagram.
Roger Waters disse ter recusado um pedido de Mark Zuckerberg para usar uma das músicas do Pink Floyd numa propaganda. Durante uma entrevista em um fórum de apoio a Julian Assange, o músico de 77 anos alegou ter recebido uma carta na qual o fundador do Facebook oferecia “uma enorme quantidade de dinheiro” para usar o clássico “Another Brick in the Wall (Part 2)” numa campanha para o Instagram.
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“Era uma carta de Mark Zuckerberg para mim, que chegou nesta manhã, com a oferta de uma grande, enorme quantia de dinheiro, e a resposta é – f ***-se! De jeito nenhum!”, disse Waters. “E eu só menciono isso porque é o movimento insidioso deles para assumir absolutamente tudo. Então, aqueles de nós que têm algum poder, e eu tenho um pouco — em termos de controle da publicação de minhas músicas, pelo menos. Então, eu não vou participar dessa merda, Zuckerberg.”
Lendo um e-mail supostamente escrito por Zuckerberg, Waters citou: “Queremos agradecê-lo por considerar este projeto. Nós sentimos que o sentimento central desta música ainda é prevalente e necessário hoje, o que prova a obra atemporal (que ela é).”
“É verdade, e ainda assim eles querem tomá-la”, disse o músico. “Eles querem usá-la para tornar o Facebook e o Instagram ainda maiores e mais poderosos do que já são, para que possam continuar a censurar todos nós nesta sala e evitar que a história sobre Julian Assange chegue ao público em geral”.
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Waters lembrou ainda a origem do Facebook, quando Zuckerberg ainda era um estudante universitário, contada no filme “A rede social”, de 2010.
O Facebook confirmou que uma agência de marketing trabalhando em seu nome entrou em contato com Waters, mas disse que Zuckerberg não estava envolvido no processo e que nenhum detalhe financeiro foi discutido.