O quantum cognitivo
Rosildo Barcellos
O Alzheimer é um dos mais de 60 tipos de demência, que pode ser definida como uma doença degenerativa, ou seja, um processo progressivo de perda das funções cerebrais mais nobres, como memória, comportamento, linguagem, atenção, capacidade de planejamento, representando um declínio do estado geral de uma pessoa em relação a um estado anterior e influenciando seu desempenho para as Atividades de Vida O dia 21 de setembro foi instituído pela Associação Internacional do Alzheimer (ADI), como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. A doença do córtex cerebral foi apresentada em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915) durante um congresso científico na Alemanha. Os principais sintomas do Alzheimer são: Memória alterada; desorientação; alterações da linguagem, aprendizado e concentração; crítica comprometida. Alterações nas emoções, personalidade e comportamento social. O diagnóstico é clínico, realizado através de uma consulta médica, onde o profissional faz uma anamnese com o paciente e também com seus familiares para entender todas as características das queixas Atualmente já existem exames específicos que podem auxiliar no diagnóstico confirmatório da doença. São biomarcadores coletados através da punção de Líquor e têm um papel muito importante nos casos duvidosos, de comportamento menos típico ou de aparecimento precoce a combinação de biomarcadores com os exames de neuroimagem permite aumentar a acurácia diagnóstica, com sensibilidade e especificidade adequadas para a discriminação de demência
Boa parte dos pesquisadores no assunto entendem como três, as possibilidades de chegada dos sintomas. A hipótese mais antiga, na qual se baseia a maior parte das terapêuticas farmacológicas, é a hipótese colinérgica Esta hipótese propõe que a doença de Alzheimer seja provocada por uma insuficiência na síntese do acetilcolina. Em 1991, a hipótese amiloide postulou que os depósitos são a causa fundamental da doença de Alzheimer. Em contrapartida a hipótese da proteína tau propõe que a doença seja desencadeada por anormalidades na referida proteína. Neste modelo, a proteína tau hiperfosforila da começa por se associar a outras cadeias de tau, formando novelos no interior das células nervosas. A terceira hipótese é a de que a doença de Alzheimer interrompe a homeostase celular do cobre, e zinco iónicos, embora não seja ainda claro se isto é causa ou consequência das alterações nas proteínas.O estresse oxidativo também tem um papel significativo na formação da doença
As pessoas com Alzheimer revelam uma perda de 70% das células do cerúleos, as quais para além de serem neurotransmissoras, fornecem noradrenalina, um agente anti-inflamatório nos microambientes em volta dos neurónios e nos vasos sanguíneos do hipocampo. O tabaco é um fator de risco de Alzheimer. É comum que as pessoas com Alzheimer comecem a ter problemas com a alimentação. As pessoas que se envolvem em atividades intelectuais, como a leitura de jornais e livros, jogos de tabuleiro, o xadrez e a dama, palavras-cruzadas, a música, ou exercer atividades que têm interação social de forma regular ( fato dificultado pelo Covid – 19) demonstram menor risco de vir a desenvolver o Alzheimer Isto é consistente com a teoria da reserva cognitiva, que alega que determinadas experiências de vida levam a uma maior eficiência no funcionamento dos neurônios, o que faz com que o indivíduo seja dotado de uma reserva cognitiva que retarda o aparecimento das manifestações de demência.
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