Ao todo, 17 bicicletas foram entregues e destinadas a estudantes previamente selecionados pela direção da escola. “Escolhemos com o critério da necessidade, àqueles que nós acompanhamos e relataram em algum momento que precisavam da bicicleta”, explica o diretor Vinícius Belon.
Segundo Belon, as peças representarão muito mais que brinquedos para os estudantes, contribuirão também para a melhoria nas condições sociais das famílias, já que, em alguns casos, até os pais irão usar para trabalharem. “Essa parceria é muito importante, pois ajuda a estimular os alunos a continuarem estudando, além de contribuirmos com a sociedade”, agradece.
A ação foi possibilitada graças a uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Civil e Conselho da Comunidade de Três Lagoas.
Totalmente reformadas com mão de obra de detentos, as bicicletas são fruto de apreensões da Polícia Civil, recuperadas de roubos e furtos, mas que, como não foram retiradas pelos donos, acabavam abarrotando os pátios das delegacias.
“Foi uma solução prática e com fim social que estimula a ocupação produtiva dos internos, incentivando a ressocialização, e ajuda diretamente a quem precisa”, destaca o diretor da Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas (PSMTL), Raul Augusto Ramalho, reforçando o comprometimento da equipe de servidores da unidade penal para que o projeto fosse possível.
Segundo o diretor, inicialmente, as primeiras bicicletas foram reformadas para atenderem o Programa Comunidade Educa, porém, com a pandemia, o trabalho precisou ser interrompido. “Tínhamos algumas ainda na unidade, então doamos para esta escola, que atende a alunos bastante carentes”, explica, ressaltando que a intenção é que as reformas das bicicletas sejam retomadas a partir do ano que vem.
Keila Terezinha Rodrigues Oliveira, Agepen
Fotos: Agepen