O pacotão de R$ 120 milhões, chamado de “MS +Esporte”, engloba a entrega de diversos equipamentos públicos, aumento da oferta do Bolsa Atleta e Bolsa Técnico e a implantação do MS Olímpico – uma nova bolsa auxílio para os medalhistas olímpicos e seus técnicos até Paris-2024. Entre os beneficiados estão os paratletas Yeltsin Jacques e Fernando Rufino, o Cowboy de Aço, que conquistaram medalhas de ouro para o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio 2020.
Com o incentivo, Cowboy de Aço já se prepara para o torneio na Europa. “Eu cheguei a treinar fora (em Ilha Comprida, SP), mas neste ano, com esse apoio, estou treinando no Estado. Eu treino no Parque das Nações Indígenas e também em casa, em um caiaque ergométrico. Já comecei a preparação. Estou treinando para o Brasileirão e já estou me preparando, com a ajuda do meu treinador Admir, também para Paris 2024, porque está perto”, conta.
Bolsista do Governo do Estado, a campo-grandense Aléxia Nascimento é bi-campeã pan-americana de judô
O paratleta lembra que começou a receber o incentivo do Estado neste ano. “Eu tinha condições de receber antes, mas tenho o coração bom, então deixava para os outros, que tinham menos condições. Mas aí fiz o cadastro e a bolsa valoriza o trabalho, incentiva o atleta e permite com que ele invista na própria carreira”, diz.
“A Bolsa Atleta é importante porque, sem o incentivo, várias pessoas precisam parar de treinar e competir para procurar emprego. É uma ajuda importante, ajuda no orçamento de casa e não preciso parar de treinar”, afirma Aléxia.Aos 19 anos, a judoca campo-grandense Aléxia Nascimento recebe incentivo do Governo do Estado desde 2017 e já coleciona diversos prêmios: é tricampeã dos Jogos Escolares, tricampeã brasileira, campeã sul-americana, 5ª no Mundial e, recentemente, foi bicampeã no Pan-Americano Júnior sub-21.
Aléxia Nascimento diz que, se não fosse o Bolsa Atleta, muitos teriam que parar de treinar
Bolsa Atleta e Bolsa Técnico tiveram a oferta de vagas ampliada neste ano em mais de 45% chegando a 394 benefícios pagos. São até R$ 1.500 por mês a cada esportista. Já o “MS Olímpico” paga de R$ 5 mil a R$ 7 mil mensais aos medalhistas olímpicos de Mato Grosso do Sul e R$ 3 mil para os técnicos, até a Olimpíada de Paris-2024.
Templos do esporte
Por meio do programa “MS bom de bola”, o Governo do Estado também prevê a instalação de 117 arenas esportivas com gramas sintéticas nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, oportunizando acesso às atividades físicas. Cada praça esportiva terá arquibancadas e luz de led. Até o momento, 90 arenas já foram licitadas, sendo que 60 delas incluem espaço para basquete.
O “MS +Esporte” contempla ainda a reforma do Estádio Morenão; construção da pista oficial de skate das Moreninhas e da piscina olímpica no parque Ayrton Senna, ambos na Capital, de dois centros de excelência em atletismo, em Ponta Porã e Chapadão do Sul; e reformas e construções de ginásios em 12 municípios.
Além disso, engloba diversos convênios, entre eles com a Federação de Clubes de Laço Comprido, com a equipe de vôlei da Copagaz para a disputa da Superliga C, com clubes de futebol para a disputa do Campeonato Sul-Mato-Grossense 2022, e com o Costa Rica Esporte Clube e Dourados Atlético Clube, que jogarão a Série D do Brasileirão em 2022.
O Governo do Estado também apoia e co-organiza grandes eventos: Brasil Ride de Mountain Bike, Eco Pantanal Extremo – Jogos de Aventura, Campeonato Brasileiro de Motocross, Campeonato Brasileiro de Basquete em cadeira de rodas, Campeonato Brasileiro de Paracanoagem, Campeonato Brasileiro de Ginástica e Campeonato Estadual da Liga Terrão.
Guanandizão – Em 2020, o Governo do Estado entregou a reforma e adequação do Ginásio Poliesportivo Avelino dos Reis (Guanandizão) e a Capital de Mato Grosso do Sul foi casa do voleibol nacional com a realização da Supercopa masculina e feminina. Após sete anos fechado, o ginásio foi totalmente modernizado e a estrutura do ginásio chegou a ser elogiada por ídolos do voleibol brasileiro, como o técnico Bernardinho.
Paulo Fernandes, Subcom
Fotos: Divulgação