“Uma grande vitória para Mato Grosso do Sul” diz Cláudio Cavol sobre a Rota Bioceânica

Para presidente do Setlog/MS que a Rodovia de Integração Latino Americana “vai fomentar o comércio, a cultura e as excelentes relações que o Brasil sempre manteve com os nossos vizinhos”

O presidente do Sindicato da Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlog/MS), Cláudio Cavol, afirmou que a concretização da Rota Bioceânica “é uma grande Vitória para o Mato Grosso do Sul”. Ele esteve na manhã desta segunda-feira, 6, na sede do Grupo Impacto Mais de Comunicação e foi entrevistado pelo radialista Eli Sousa no programa “Bronca do Eli”.

O principal tema da entrevista foi a III Expedição da Rota de Integração Latino Americana (RILA), que parte de Campo Grande com destino ao Chile no próximo dia 24.

Cavol afirmou que está tudo pronto para o grande evento, nesse momento em que a Rota Bioceânica se torna uma realidade concreta. “Vemos, hoje, a Rota de Integração Latino Americana, que acreditávamos, em 2012, ser apenas um sonho, se tornando realidade” afirmou.

O grupo de expedicionários deve sair de Campo Grande dia 24, às 6 da manhã, direto para Porto Murtinho, fazendo uma rápida parada na cidade de Jardim, onde o grupo formado por empresário, políticos e simpatizantes será recebido pela população na cidade.

O presidente do Setlog/MS estima que sairá de Campo Grande uma frota formada por 25 a 30 carros. “A Volkswagen mais uma vez está participando conosco. A Amarok se mostrou uma excelente caminhonete. Provou sua resistência nas duas primeiras expedições que nós fizemos, motivo pelo qual entendemos que não deveríamos buscar por outra marca” relatou.

Na frota de Amarok estarão mais de 90 pessoas a bordo, entre empresários, autoridades e políticos. “Enfim, é um grupo bastante eclético, capaz da trazer conhecimentos para que toda a sociedade consiga ver a importância e como está realmente a Rota nesse momento” avaliou.

Apesar de oficialmente ser a III RILA, Cláudio Cavol registra que já foram feitas outras expedições rumo ao Chile, algumas partindo de Campo Grande e chegando ao Acre para buscar um caminho pela Bolívia, passando pela Cordilheira dos Andes.

Ele se recorda que a estrada era uma picada, pela qual “nossos carros quase não passaram”.

Depois de muito empenho e tentativas, ele acredita que foi encontrado o caminho ideal para ligar o Brasil ao Chile, abrindo uma rota de exportações para a Ásia e a África. “Cortando o Norte do Paraguai, passando pelo Chaco Paraguaio, é o trajeto mais atrativo, o menos custoso e que está dando certo” frisa.

“O trajeto entre Campo Grande e o ponto de chegada no Chile demanda uma distância de mais de 2000 km, sendo que de Porto Murtinho até lá são cerca de 1.800 km” conta Cláudio, relatando que a aventura começa no próximo dia 20 em Campo Grande e termina no dia 13 de dezembro, quando os expedicionários chegam à Capital Sul-mato-grossense de volta.

Cavol considera a RILA uma grande aventura, principalmente por cortar o Norte do Paraguai, uma região que até há pouco tempo não tinha acesso por estradas e é por isso bastante inexplorada. “Eu Acredito que será uma região que crescerá muito economicamente e o Brasil, o produtor brasileiro, poderá usufruir, de uma região com terras boas, férteis e baratas, fazendo com que todos sejam beneficiados economicamente: o Brasil, o Mato Grosso do Sul e o Paraguai” enfatiza o presidente do Setlog/MS.

Sobre a importância da RILA, questionada por muita gente, Cavol afirma que a Expedição serve para desbravar a região e abrir caminhos para que os brasileiros possam futuramente utilizar a nova rota para exportar a produção de toda a região. O conhecimento da estrada que liga o Brasil ao Chile possibilita, também, ao governo brasileiro, oferecer mais segurança aos transportadores.

Cavol faz questão de frisar que a Rota de Integração Latino Americana tem muito mais a oferecer ao Brasil do que simplesmente se tornar a denominada Rota Bioceânica por abrir caminho para os produtores brasileiros exportarem suas commodities para os países africanos e asiáticos.

Para ele, a RILA tem tudo para fomentar o comércio entre o Brasil, a Bolívia, o Chile, o Paraguai e a Argentina, esta última que já é o segundo maior parceiro comercial brasileiro.

“Infelizmente, os negócios entre o Brasil e vários países vizinhos são muito incipientes. Nós não sabemos se a barreira é a língua, mas temos certeza de que, com essa nova rota, a Rodovia de Integração Latino-Americana, como gostamos de chamar, vamos fomentar não só o comércio, mas também a cultura e as excelentes relações que sempre tivemos com nossos vizinhos” frisou.

Veja a íntegra da entrevista com o presidente do Setlog/MS acessando o programa “Bronca do Eli” levando ao ar hoje (6) de manhã pela Rádio Diamante FM, com retransmissão pelas demais rádios que compõem o Grupo Impacto MS de Comunicação.

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