Os sonhos não envelhecem!
AUTA CORRÊA FERREIRA vai fazer 81 anos no dia 11 de setembro, data marcada pelo episódio das Torres Gêmeas, em 2001.
Aparentando uma vida perfeita e tranquila, a campo-grandense nem parece ter passado pelas muitas vicissitudes da vida e esbanja uma coragem como poucos. Mulher das lides no campo, de 2004 até 2015 (quando então teve que se submeter a uma cirurgia no coração), período que enfrentou com o trabalho árduo do plantio, desde capim napier até os alimentos para a própria subsistência e dos filhos, no LOTE 22 do PROJETO DE ASSENTAMENTO CONQUISTA.
Tudo nela exala dedicação e satisfação, exceto as nuances de um relacionamento sórdido e violento com o ex-companheiro, que geraram diversas agressões, boletins e medidas protetivas, do qual ela escapou, após violenta agressão no jogo do Brasil da copa de 2014. É a prova viva de um certo tipo de impacto físico e emocional, muito profundo e quase invisível, deixado pelo relacionamento destrutivo, mas que foi realimentado pelo trabalho e dedicação aos 5 filhos, sendo que 2 deles, bem como netos e bisnetos, também tomaram gosto pelas lides do campo.
Pelas más experiências e dores do passado, tornou-se excessivamente cautelosa, inconformada com as tentativas de enganação que ocorreram ao longo dos últimos anos, em que o ex-companheiro tentou concretizar um golpe financeiro de tomar A PARTE DELA no ASSENTAMENTO que ajudou a construir por anos a fio, aqui mesmo em Campo Grande: uma gleba rural de 17,0435 ha, que foi destinada à família no ano 2000.
A consequência mais visível, entre a resignação e traços de amargura, ela resume em uma única frase: “Eu sigo sozinha e sou forte, só preciso da minha terrinha para continuar”.