Governo de MS debate ações com representantes do setor de etanol de milho

Fotos: Saul Schramm

Alexandre Gonzaga

O governador Eduardo Riedel recebeu na manhã desta quarta-feira (12) representantes da Unem (União Nacional do Etanol de Milho) e da Biosul (Associação de Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul). Durante a audiência, que contou com a participação do secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, fez uma apresentação do desempenho do setor, a contribuição para a economia e como o etanol de milho pode atrair mais investimentos para o Estado.

Números do setor foram apresentados pelos representantes da Unem ao Governo de MS

“O etanol de milho tem um grande potencial aqui no Mato Grosso do Sul, o segundo maior estado produtor no Brasil. Mostramos ao governador, o potencial de economia circular, tanto no desenvolvimento de florestas plantadas como na produção de um biocombustível, com energia limpa. E por fim, toda a relação da cadeia de proteína animal, motivada e impulsionada pelo farelos de milho, resultantes da produção do etanol, com valor agregado, gerando renda e impostos”, pontua o executivo da Unem.

Na avaliação do secretário Jaime Verruck, a expansão do etanol de milho é estratégica para Mato Grosso do Sul. “Hoje, temos uma empresa operando no Estado e outra que será inaugurada este ano, que coloca o Estado no cenário nacional de produção de etanol”, completa.

De acordo com o titular da Semadesc, o segmento de etanol de milho ainda proporciona a produção de outros produtos como o DDG. “Temos investimentos em Dourados e este ano inaugurando [unidade empresarial] em Maracaju. O Governo de Mato Grosso do Sul entende que este é um caminho estratégico para o Estado e vamos captar novos investimentos e que essas indústrias já instaladas façam a ampliação da suas produções pela estruturação desta cadeira produtiva”, garante Verruck.

Para o diretor-executivo da Biosul, Érico Paredes, o etanol de milho se mostra uma outra alternativa na produção de biocombustível. “Isso consolida a vocação do Mato Grosso do Sul como um grande produtor nacional. Estas iniciativas que vão ao encontro de políticas do MS Carbono Neutro, nós vemos com bons olhos, com oportunidade de geração de renda e emprego no Estado e atendendo as metas de sustentabilidade e redução de emissão de gases que os biocombustíveis podem contribuir muito”, admitiu o dirigente da Biosul.

Segundo informações da Unem, o Brasil vai produzir 6 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/2024, que se inicia agora em abril. Esse número representa um aumento de 36,7% em relação ao ciclo 2022/2023, que se encerrou em março deste ano.

O próximo ano safra de etanol deve iniciar com 20 indústrias autorizadas para produção localizadas nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e São Paulo, duas a mais do que no ciclo 2022/23. O aumento da capacidade produtiva é resultante da incorporação de tecnologia nas unidades já em operação, ampliação de algumas indústrias e inauguração de novas unidades.

 

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