Brasil cria 232,5 mil empregos com carteira assinada em agosto

O saldo de agosto é decorrente de 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. No acumulado do ano, o Brasil criou 1.726.489 vagas

O Brasil criou 232.513 vagas de emprego formal (com carteira assinada) em agosto. Esse número representa aumento de 23,7% em relação a julho, quando foram registrados 188.021 empregos com carteira assinada (dados com ajuste).

O saldo do oitavo mês do ano é decorrente de 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. Além disso, das vagas de trabalho geradas, 196.778 são consideradas típicas, e 35.735, não típicas.

Este é o melhor resultado para meses de agosto desde 2022, segundo a série histórica.

Em comparação com agosto do ano passado, o saldo representa um crescimento de 5,8%, quando foram criados 219,7 mil empregos formais no país.

Os dados estão presentes no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (27/9) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

De acordo com o Caged, as atividades econômicas que registraram maiores saldos positivos foram:

  • serviços, com criação de mais 118.364 postos;
  • indústria, com criação de mais 51.634 postos;
  • comércio, com criação de mais 47.761 postos;
  • construção, com criação de mais 13.372 postos; e
  • agropecuária, com criação de mais 1.401 postos.

No acumulado do ano (de janeiro a agosto), o saldo da geração de empregos é de 1.726.489 vagas, ficando positivo em todas as 27 unidades da Federação.

O mês de agosto marcou a retomada da criação de vagas de empregos com carteira assinada em todas as UFs. São Paulo teve o maior saldo, com 60.770 postos. Na sequência estão Rio de Janeiro (18,6 mil) e Pernambuco (18.112). Enquanto as UFs com menor saldo foram: Tocantins (1.139 vagas), Roraima (795 vagas) e Acre (352 vagas).

Na análise dos últimos 12 meses (período de setembro de 2023 a agosto de 2024), o número de empregos formais criados é de 1.790.541 — o que representa alta de 19,1% em comparação ao período de setembro de 2022 a agosto de 2023, quando registrou 1.503.648.

Salário

O salário médio em agosto foi de R$ 2.156,86, com redução de R$ 7,54 (-0,3%) em comparação com o valor de julho, de R$ 2.164,40. Em comparação a agosto de 2023, o ganho real foi de R$ 37,47 (+1,8%) no salário médio.

Para os trabalhadores considerados típicos, o salário foi de R$ 2.186,69, enquanto aqueles considerados não típicos tinham salário médio de R$ 1.937,62.

Críticas ao BC

O ministro do Trabalho e Emprego em exercício, o secretário-executivo Francisco Macena, criticou a condução da política monetária feita pelo Banco Central (BC). Segundo ele, o MTE considera a premissa de trabalho do BC como “equivocada”.

Ao ser questionado sobre os posicionamentos contrários da pasta a respeito das tomadas de decisão do banco, que tem uma diretoria formada por indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive o próximo presidente do banco, Macena disse:

“Não se trata das pessoas que estão lá, mas sim da influência que os setores têm sobre o Banco Central. É sempre o mercado futuro que é analisado”.

Ele defendeu um diálogo que não seja individualizado, mas com foco na instituição e sociedade.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, ficando fixada em 10,75% ao ano — o primeiro aumento da Selic no governo Lula (PT).

Fonte: Metrópoles

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