Marketa Vondrousova conquista Wimbledon e adia sonho de Ons Jabeur
A número 42 do ranking da WTA (Women’s Tennis Association) superou a número seis e a favorita na final com dupla parcial de 6/4.
Foi a segunda vez que Vondrousova disputou uma final de Grand Slam. Na primeira, em 2019, ela acabou derrotada em Roland Garros pela australiana Ashleigh Barty.
A tenista da República Tcheca, que chegou a ser líder do ranking na categoria júnior, tornou-se uma sensação no circuito profissional após fazer uma final de Grand Slam pela 1ª vez com apenas 19 anos.
Em sua galeria, Vondrousova ainda ostenta uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Além das rivais em quadra, ela também teve de superar um histórico de lesões antes de se consagrar em Wimbledon. A tcheca precisou passar por cirurgias em ambos os punhos, que se somaram aos problemas no cotovelo esquerdo após o torneio de Roland Garros em que foi finalista.
Criada em uma família de atletas, com a mãe jogadora profissional de vôlei e o avô campeão nacional de pentatlo, Vondrousova chamou a atenção, ainda, por uma caraterística pouco usual entre as tenistas do circuito, ao exibir tatuagens nos dois braços.
Ela ainda não sabe se vai fazer uma tatuagem em homenagem a sua trajetória em Wimbledon. Mas a caminhada dela, por si só, é memorável. Ela avançou com vitórias sobre quatro cabeças de chave, Veronika Kudermetova, Donna Vekic, Marie Bouzkova e Jessica Pegula. Na semifinal, ela bateu a ex-top 3 Elina Svitolina.
Ao derrotar a tunisiana na decisão, ela vai receber 2 mil pontos no ranking da WTA e um prêmio em dinheiro de 2,35 milhões de libras esterlinas (R$ 14,7 milhões). Com o título, ela agora está entre as dez melhores do mundo. Quando a WTA atualizar sua lista, na segunda-feira (17), a tcheca será a número 10 do ranking.
A vice-campeã ganhará 1.300 pontos e a premiação de 1,175 milhão de libras esterlinas (R$ 7,3 milhões). Com isso, Jabeur vai manter o sexto posto da lista.
Primeira africana e árabe a brilhar na elite do tênis mundial, Ons Jabeur também buscava seu primeiro título de Grand Slam. Foi a terceira vez que ela chegou a uma decisão. Nas duas vezes anteriores, ela foi derrotada em Wimbledon por Elena Rybakina, do Cazaquistão, e depois foi superada pela polonesa Iga Swiatek no US Open, ambas em 2022.
“Isso é muito, muito difícil”, reconheceu o tunisiano. “Acho que esta é a derrota mais dolorosa da minha carreira”, disse a tenista com lágrimas nos olhos, que aspira ser um exemplo para mulheres e meninas em seu país e em toda a África.
“Vai ser um dia difícil para mim hoje, mas não vou desistir e voltarei mais forte”, disse ele.