A Odisseia dos Intemeratos

Rosildo Barcellos*

Reitero neste artigo a importância da trajetória de vida do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Pedro Pedrossian, que aos 89 anos, deixou este mundo com o semblante do dever cumprido, numa triste madrugada de terça-feira. Ele era engenheiro civil e nasceu no dia 13 de agosto de 1928, em Miranda, no então Estado de Mato Grosso, filho de João Pedro Pedrossian e Rosa Mardini Pedrossian, ambos de origem armênia.

Pedrossian morreu em casa, dormindo, como fazem os grandes homens, apenas deixam o corpo e enlevam seus espíritos. Depois que quebrou a perna, passou a ter dificuldades para andar, a ter problemas cardíacos, aliando-se ao início de perda de visão, acarretaram algumas limitações em seus nos últimos dias.

Pedro Pedrossian antes de iniciar sua trajetória na política, formou-se em engenharia, e foi trabalhar na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, em Três Lagoas. Com determinação e ímpeto arrojado, Pedrossian exerceu com competência o cargo por três vezes. Em outubro de 1965 elegeu-se governador do Estado de Mato Grosso, antes da divisão, para o período de 1966 a 1971.

Em novembro de 1980, foi o terceiro governador nomeado para Mato Grosso do Sul, por ato do então presidente da República João Figueiredo. Para assumir o governo, renunciou ao mandato de senador. Anos depois, em 15 de março de 1991 assumiu novamente o cargo de governador sul-mato-grossense — eleito em pleito direto ocorrido em 1990. Permaneceu no posto até 1º de janeiro de 1995.

Sua trajetória foi marcada pela busca incessante da transformação, com administrações voltadas para execução de grandes projetos estruturais, rasgando estradas e, ao mesmo tempo, edificando obras que romperam o tempo e integram hoje patrimônio do povo sul-mato-grossense.

Atualmente temos a oportunidade de conviver no legislativo com Pedro Pedrossian Neto que, além de pai da “Rafinha”, 12 anos/medalhista de prata na prova 3 tambores NBTMS categoria infantil com a égua Serena, agora legisla para todo o Estado, sem perder o carinho por Miranda. Era o que me confessava quando, recentemente, ambos recebemos o título de Cidadão Mirandense.  Por derradeiro desejo que a odisseia dos intemeratos continue fluindo em suas veias e traga pulsante a sua real contribuição para desenvolvimento do nosso rincão querido.

*Articulista 

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