TÓQUIO e RIO – Com uma apresentação que mereceu aplausos até da lenda Simone Biles, a brasileira Rebeca Andrade vai disputando a final individual geral da ginástica artística, na Olimpíada de Tóquio, em busca da primeira medalha olímpica feminina do Brasil na modalidade. Com uma apresentação forte no solo, sua especialide, apesar de duas pequenas saídas da área delimitada, Rebeca conquistou a prata, com 57,298 na nota final. A americana Susina Lee foi ouro, com 57,433.
Olimpíada:Como Rebeca Andrade se tornou uma das favoritas na ginástica em Tóquio
Rebeca foi penúltima ginasta a se apresentar no solo, praticamente fechando a final individual geral feminina. Logo antes dela, se apresentaram Sunisa Lee e a russa Angelina Melnikova, que são as princiáis adversárias das brasileiras. Melnikova tirou 13,966 no solo, finalizando suas quatro apresentações com 57,199. Lee, que veio depois da russa, tirou 13,700, nota inferior no solo, mas o suficiente para assumir a liderança parcial, com 57,433.
A brasileira chegou a ocupar a liderança após duas rotações (são quatro no total). No terceiro aparelho, a trave, Rebeca manteve ótimo desempenho e fez uma apresentação irretocável, sem desequilíbrios graves e com chegada firme, apesar de um passo a mais ter rendido descontos na nota. Depois da trave, ela passou a aparecer na segunda colocação geral. O quarto e último aparelho para decidir o pódio, daqui a pouco, é o solo.
A liderança parcial após três rotações de aparelhos era da americana Sunisa Lee, com 43,733. Rebeca vinha logo atrás, com 43,632 no total. Após a apresentação da trave, a brasileira chegou a aparecer em terceiro, mas pediu uma revisão de sua nota no aparelho e conseguiu aumentá-la em 1 décimo, assumindo a vice-liderança.
Tempo real: Acompanhe a cobertura do GLOBO com os principais destaques da Olimpíada de Tóquio
Aos 22 anos, Rebeca Andrade entrou na competição como uma das favoritas após a classificação geral. Com a desistência de Biles, era a detentora da melhor nota no individual geral. O aplauso de Biles veio após a apresentação de Rebeca nas barras assimétricas e no salto sobre mesa, quando a brasileira cravou notas 14,666 e 15,300, respectivamente. Foram dois ótimos desempenhos, que colocaram a brasileira na liderança após duas rotações de aparelhos e credenciam Rebeca a seguir na disputa por medalha.
A americana Sunisa Lee, terceira colocada na qualificatória, e a russa Angelina Melnikova, já medalhista de ouro por equipes, são as principais concorrentes de Rebeca. Na trave, terceiro aparelho para ambas as ginastas, Lee tirou 13,833 e Melnikova, 13,700.
Inicialmente, a nota de Rebeca na trave foi 13,566. Após a revisão pedida pela brasileira, no entanto, a nota subiu para 13,666. Além do acerto na execução, os juízes consideram a dificuldade e a fluência dos movimentos.
Depois da trave, Rebeca tem pela frente o último aparelho, o solo, sua especialidade, com a apresentação ao som de “Baile de Favela”.
No primeiro aparelho, Rebeca mostrou toda a segurança no salto sobre a mesa. Com um salto de alta dificudade e uma cravada na aterrissagem – um pequeno erro ao pisar na linha -, ela tirou a maior nota com 15,300.
Rebeca Andrade teve o melhor desempenho no salto sobre mesa, com 15,300 na final feminina individual geral da Olimpíada de Tóquio Foto: LINDSEY WASSON / REUTERS
Medalhômetro:Confira as chances de medalha do Brasil em cada modalidade na Olimpíada de Tóquio
Nas barras paralelas, Rebeca apresentou uma série correta, mas com uma pontuação menor (14.666). Sunisa Lee, que havia ficado em terceiro lugar nas eliminatórias, tem nas barras a sua melhor performance. A americana confirmou as expectativas com a nota 15.300, por enquanto a mais alta neste aparelho.