Tempestade com granizo causa destruição e alagamentos em Campo Grande

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital registrou ventos de até 52,92 km/h e um volume de chuva de 57,2 mm até as 4h desta quinta-feira, muito acima dos 3 mm que eram esperados

Uma tempestade com granizo atingiu Campo Grande na noite desta quarta-feira (9), provocando alagamentos e estragos em várias áreas da cidade. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital registrou ventos de até 52,92 km/h e um volume de chuva de 57,2 mm até as 4h desta quinta-feira, muito acima dos 3 mm que eram esperados. A intensidade do temporal causou danos em áreas públicas e privadas, incluindo placas derrubadas, ruas alagadas e prejuízos estruturais.

A chuva começou de forma moderada no início da tarde, trazendo um leve alívio ao calor que ultrapassava os 34°C. No entanto, no fim da tarde, as condições meteorológicas se intensificaram, e bairros como Guanandi, Pioneiros, Jardim Paulista, Taveirópolis e Vila Progresso foram atingidos por rajadas de vento acompanhadas de granizo, que fizeram a temperatura cair aproximadamente sete graus em poucas horas.

Segundo a Climatempo, a combinação do calor extremo com a entrada de umidade no ar foi determinante para a formação de núcleos de chuva forte que atingiram a cidade. “As áreas com alertas podem ter volumes bem mais altos”, afirmou o serviço meteorológico, indicando que as condições atmosféricas favoreceram a ocorrência de precipitações acima do previsto.

Os efeitos do temporal se estenderam a diversas regiões de Campo Grande, desde áreas centrais até bairros mais afastados. Na esquina das ruas Espírito Santo e Mato Grosso, a advogada Maria Glória Zanetti Solto presenciou seu carro ser arrastado pela enxurrada. “Minha mãe foi lá fora para dar uma olhada e viu meu carro sendo levado. Ela começou a gritar: ‘Seu carro está descendo!’”, descreveu Maria Glória.

A tempestade também causou transtornos em unidades de saúde, como na UPA do Jardim Leblon, onde parte do teto da recepção cedeu, provocando um alagamento no local. Nas vias principais, a força do vento derrubou um outdoor na Avenida Eduardo Elias Zahran, que ficou pendurado nos fios de energia, criando um risco potencial para os transeuntes e veículos.

Em áreas tradicionalmente suscetíveis a inundações, como a Avenida Rachid Neder, os alagamentos obrigaram os motoristas a trafegarem pela contramão para evitar a rotatória inundada. Na Rua Espírito Santo, vários veículos ficaram submersos, e ruas em bairros como Coophasul e Pioneiros se transformaram em corredores de lama, prejudicando a mobilidade local.

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