Prefeitura da Capital amplia para 315 vagas sociais em comunidades terapêuticas
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A Prefeitura de Campo Grande renovou nesta sexta-feira (23), o Termo de Colaboração com a Federação Sul-mato-grossense das Comunidades Terapêuticas (Fesmact), para manter as 300 vagas sociais e disponibilizar mais novas 15 vagas para tratamento de pessoas adictas em substâncias psicoativas. As novas vagas serão destinadas exclusivamente para pessoas transexuais e público LGBTQIA+ e em vulnerabilidade social.
“Nossa gestão também tem o compromisso com as famílias dessas pessoas que estão nas ruas e em vulnerabilidade sob uso de entorpecentes e álcool, que vivem a plena tristeza de ver um ente querido naquela situação de dor. A renovação do termo com as Comunidades é fazer com que a pessoa interrompa completamente o consumo de álcool e outras drogas a partir do modelo da abstinência”, destaca a prefeita Adriane Lopes.
As 11 Comunidades Terapêuticas habilitadas são: Desafio Jovem Peniel, Associação de Reabilitação Parceiros da Vida (Esquadrão da Vida), Centro de Apoio a dependentes em Recuperação Integrada (CADRI), Associação de Reeducação Social e Reintegração no Trabalho (Projeto Jaboque), Associação Nova Criatura, Comunidade Terapêutica Antônio Pio da Silva (COMTAPS), Centro de Reabilitação e Tratamento para Dependentes Químicos Alcoolistas e Familiares (CERTA), Instituto Mulheres que Transformam, Projeto Simão, Comunidade Cristã Caminho da Recuperação e Comunidade Terapêutica Nova Vida.
O programa atinge o objetivo de reinserir os indivíduos na sociedade com a efetivação de políticas públicas como educação, qualificação profissional e empregabilidade. Os acolhidos recebem o acompanhamento biopsicossocial; tratamento terapêutico e qualificação profissional, oferecido em parceria com a Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat) e Sistema S; e apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) na oferta de turmas do EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Representando a Federação Sul-mato-grossense das Comunidades Terapêuticas (Fesmact), Scheila de Fátima Matheus aponta que só é possível realizar esse trabalho graças ao apoio do poder público. “Hoje, nós temos acesso a atendimentos de saúde pública e aos cursos profissionalizantes, graças ao apoio da gestão municipal, que sempre tem nos estendido as mãos. Quero agradecer a administração de Campo Grande pelo olhar sensível junto ao nosso trabalho”.
Cris Stefanny, coordenadora de Políticas LGBTQIA+ da SDHU, explica que as vagas são importantes para acolher o público de forma mais humanizada. “Vai ser um local diferenciado, familiar. As mulheres trans, por exemplo, estarão juntas com outras mulheres”.
Em discurso, a coordenadoria disse que o Brasil é o país com maior número de pessoas LGBTQUIA+ e que medidas como essa da Prefeitura garantem a defesa dos direitos humanos. “Não se trata de concordar ou aceitar, mas sim respeitar. Porque estamos falando de vidas”, explicou.
A ação dá continuidade às atividades do Programa de Ação Integrada e Continuada (PAIC), desenvolvido pela SDHU, que proporciona a efetivação das políticas públicas voltadas para a população em situação de rua, desde março de 2018, baseado no Decreto 7.053 do Comitê POP Rua, da Coordenadoria de Proteção a População de Rua e Políticas sobre Drogas (Coprad).
Somente pelo PAIC, que realiza os atendimentos desde 2018, a Prefeitura de Campo Grande profissionalizou 1.604 pessoas por meio dos cursos de informática básica, corte e costura, culinária, assistente de contabilidade e recursos humanos, entre outros.
Mais informações sobre o atendimento da Prefeitura junto às comunidades terapêuticas podem ser obtidas pelo telefone: (67) 2020-1185