Ex-companheira alugou imóvel para esconder fugitivo do Presídio de Segurança Máxima

Segundo delegado Pedro Cunha, o objetivo do fugitivo era ser resgatado por uma organização criminosa e ser levado para a fronteira com Paraguai.

O segundo fugitivo do Presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande, Douglas Luan Souza Anastácio, conhecido como ‘Dodô’, foi recapturado nesta sexta-feira (8), pelos agentes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros). Ele estava escondido em uma residência alugada pela ex-companheira no Bairro Aero Rancho, região sul de Campo Grande.

Conforme informações do delegado do Garras, Pedro Pilar Cunha, uma rede de monitoramento dos fugitivos foi essencial para a localização dos detentos.

Durante as investigações, os policiais conseguiram monitorar membros de uma facção criminosa e pessoas próximas de Naudiney, quando descobriram uma residência no Bairro Campo Alto, que servia como “hotel do crime”, onde refugiava foragidos da justiça.

Os dois fugitivos estavam neste imóvel, mas Douglas acabou saindo, minutos antes do primeiro fugitivo ser capturado, na última quarta-feira (8).

Após a prisão de Naudiney, os agentes do Garras passaram a monitorar pessoas próximas de Douglas, conseguindo localizar uma ex-companheira do fugitivo que estaria ajudando na fuga. Ela teria alugado uma residência no Jardim Aero Rancho em nome da irmã.

“Quando capturamos o primeiro, a gente conseguiu constatar que Douglas estaria no mesmo imóvel momentos antes, mas ele teria saído do local. A partir dessas informações, conseguimos descobrir quem fez o transporte foi uma ex-companheira dele, que não estava nos registros, sendo uma pessoa acima de qualquer suspeita”, relatou o delegado durante a coletiva de imprensa.

Explicando sobre primeira prisão, que levou até Douglas, Pedro Cunha relatou que essas pessoas levaram o fugitivo até um outro imóvel que foi alugada exclusivamente para esconderijo.

“O aluguel dessa residência foi feita no dia da fuga, por isso há possibilidade que foi tudo planejado e alugaram a casa para esconderijo. Logo depois, o plano era levar Naudiney e Douglas até a fronteira com o Paraguai”, relatou.

O delegado ainda frisou que objetivo do fugitivo era ser resgatado por membros de uma facção criminosa em Campo Grande.

“Após descobrimos essa residência, prendemos a mulher e a irmã por colaborarem com a fuga dos detentos. Elas ajudavam com o auxílio material, que enquanto permanecia em Campo Grande até ser transportado para a fronteira”.

Recaptura

Naudiney é faccionado do PCC (Primeiro Comando da Capital) e estaria convocando membros para resgatá-lo e levá-lo até o Paraguai. Após a fuga, os policiais passaram a monitorá-los, conseguindo descobrir o esconderijo na última quarta-feira (6).

Naudiney foi flagrado em uma residência no Jardim Campo Alto, enquanto recepcionava uma mulher em frente do imóvel. O detento ao ouvir a voz de prisão, tentou fugir, pulando os muros das residências. Durante a fuga, ele invadiu alguns imóveis até se esconder em uma casa de construção, sendo capturado.

Além do detento, outras quatro pessoas foram presas pelo favorecimento à organização criminosa e por darem apoio ao fugitivo.

Divulgação/ Polícia Civil

A fuga

Douglas e Naudiney que estavam encarcerados no Presídio de Segurança Máxima, em Campo Grande, quando fugiram pulando os muros do presídio.

Naudiney, tem passagens por roubo majorado, havia sido transferido em maio de 2023 da Gameleira I, enquanto Douglas, com passagens por tráfico de drogas, estava encarcerado na Máxima desde 2021. Já Douglas, que foi preso ontem, tem passagens por tráfico de drogas e roubo.

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