Com a prata, ela se tornou a terceira campeã mais jovem da história a arrematar a principal medalha
O Globo
Rayssa Leal em Tóquio Foto: TOBY MELVILLE / REUTERS
Parece que não foi há muito tempo que ocorreu a Olimpíada de Pequim, mas lá atrás, no ano de 2008, nascia uma pessoa que não demoraria muitos ciclos olímpicos até ingressar no principal torneio esportivo. Rayssa Leal, a “Fadinha do Skate”, de apenas 13 anos e 7 meses, fez história ao
conquistar prata, se tornando a terceira medalhista mais jovem da história e a brasileira mais jovem a arrematar uma medalha.
Rayssa superou Rosangela Santos, até então, a mais jovem medalhista da história do país, que, em Pequim-2008, ganhou o bronze no revezamento 4×100 do atletismo aos 17 anos.
“Não existe futuro sem passado. Se eu estou aqui hoje, é porque o skate brasileiro tem história. Se eu estou aqui hoje, junto de outros 11 atletas, é por causa de todos os skatistas ‘das antigas’, que fizeram o nosso esporte chegar até aqui”, escreveu ela em uma rede social.
Nascida na cidade de Imperatriz, no Maranhão, a skatista começou aos 7 anos e, atualmente, também carrega o título de brasileira mais jovem a representar o Brasil em uma Olimpíada; a marca anterior era da nadadora Talita Rodrigues, que tinha, na época dos Jogos de Londres, em 1948, quatro meses a mais do a Fadinha tem atualmente.
2019 foi um ano particularmente especial para ela: já vice-campeã mundial, ficou em primeiro lugar no campeonato Street League Skateboarding, em Los Angeles, na Califórnia, e, no fim do ano, ainda levou o bronze no Mudnial. Isso tudo com apenas 11 anos,
“Se uma menina de 13 anos vai representar o Brasil hoje, é por causa de mulheres skatistas que me inspiram, que me mostram que uma garota pode tudo”, disse Rayssa.
Rayssa Leal, durante a competição de skate street nos Jogos Olímpicos de Tóquio; ela foi prata Foto: LUCY NICHOLSON / REUTERS