Palmeiras vive bastidores em ebulição, e protestos contra a gestão de Leila Pereira aumentam

Torcida foi à porta da sede social para cobrar a diretoria, consulados entram em rota de colisão e opositores se movimentam. Presidente mantém discurso e situação se vê fortalecida
Protesto da torcida do Palmeiras: "Ditadura na SEP?" — Foto: Thiago Ferri
Protesto da torcida do Palmeiras: “Ditadura na SEP?” — Foto: Thiago Ferri
GE/SÃO PAULO – Enquanto o Palmeiras tenta se fechar na Academia de Futebol e recuperar o desempenho para terminar o ano ao menos com uma vaga direta na Conmebol Libertadores, na sede social o clima é de ebulição nos bastidores.

O Conselho Deliberativo (CD) era o principal alvo, mas a presidente também foi contestada em cantos:

  • “Cumpra seu papel! Vende o avião e ajuda o Abel”
  • “Não é mole, não! A ditadura se instaurou no meu Verdão”
  • “Olê-lê, olá-lá, nós somos o 1% que veio para atormentar”

Há uma série de reclamações por falta de transparência, além de conflitos de interesses, pois a presidente é dona das patrocinadoras do clube e agora também do avião que a delegação usa para viajar, além da alegação de que opositores estão sendo perseguidos.

Leila respondeu na sua última polêmica entrevista coletiva que dar os ingressos a membros do Conselho Deliberativo era uma liberalidade da presidência e que não a manteria para quem quer “destruir” sua gestão.

Houve, também, um manifesto de consulados (grupos de associados que representam o clube em cidades pelo Brasil e o mundo) fazendo críticas à diretoria.

Leila Pereira antes de Palmeiras x Santos — Foto: Marcos Ribolli
Leila Pereira antes de Palmeiras x Santos — Foto: Marcos Ribolli

O departamento de interior do Palmeiras, responsável pelo relacionamento com estes torcedores, rebateu em nota oficial de que este era um movimento de ex-cônsules e não representava a opinião de mais de 220 consulados oficiais. Pouco depois, quase 50 consulados foram desligados.

Na segunda, um novo manifesto assinado por 63 membros de 54 consulados diferentes voltou a criticar a gestão, rebatendo a nota oficial.

“O seu dinheiro não compra meu amor”: torcedores do Palmeiras protestam contra Leila

Desde a última entrevista de Leila, que repercutiu muito mal internamente, a oposição começou um movimento de união para tentar mexer com o grupo de situação, que ainda domina a política alviverde.

Com a maioria dos membros do Conselho Deliberativo (CD) e do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) ligados à gestão, a atual presidente segue como a grande favorita para a eleição do ano que vem, em que tentará a reeleição.

Há, contudo, uma movimentação maior entre políticos insatisfeitos para organizar movimentos de oposição. Como publicou o Uol, já passou para 43 o número de conselheiros que assinaram um documento cobrando explicações da presidente.

Acredita-se que este número pode continuar a subir e em breve passar dos 50, com os acontecimentos recentes.

A reunião do CD na segunda acabou servindo de pano de fundo para esta disputa política, quando conselheiros de oposição e da situação pediram o espaço para questionar a diretoria e defendê-la, respectivamente, em discursos.

Os conselheiros ligados ao governo, por outro lado, saíram na noite de segunda com a sensação de que a reunião foi boa para Leila e a situação está fortalecida, já que o grupo de críticos da gestão, ainda que tenha aumentado, está abaixo do número de votos que o candidato de oposição do Conselho Deliberativo levou na última eleição.

Maurício Galiotte, antecessor de Leila, segue como parte da situação e é figura importante nos bastidores do clube social. Já Paulo Nobre, que se afastou da política depois que deixou o clube, até chegou a fazer uma carta aberta com críticas à atual presidente, mas não tem planos de concorrer contra ela no ano que vem.

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