Crimes do Maníaco do Parque serão tema de livros, filme e documentário

Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, estuprou e matou, ao menos, sete mulheres no Parque do Estado, em São Paulo

Mesmo no meio de discussões sobre os limites éticos em produções de true crime, filmes, séries e livros ganham cada vez mais espaço no Brasil e no mundo. Depois do gigantesco sucesso de Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez, da Max, streamings passaram a investir em histórias reais de crimes que tomaram o país. E um deles entrou em foco neste ano: o midiático Maníaco do Parque.

Francisco de Assis Pereira estuprou e matou, ao menos, sete mulheres no Parque do Estado, em São Paulo. Ele foi condenado por crimes de estupro, estelionato, atentado violento ao pudor e homicídio a mais de 260 anos de cadeia.

Neste ano, Francisco de Assis tem sua história explorada em dois livros, um filme e um documentário, ambos no streaming. Famoso por abordar true crimes na literatura, o jornalista Ullisses Campbell lança a biografia não autorizada Francisco de Assis, O Maníaco do Parque, pela Matrix Editora.

Já a autora Simone Lopes Bravo faz sua estreia na obra Maníaco do Parque – a Loucura Lúcida, da editora Del Rey. Por fim, a Amazon Prime Video investe no filme e no documentário Maníaco do Parque. O primeiro terá Silvero Pereira como protagonista e chega ao catálogo em 18 de outubro.

Em conversa com o Metrópoles, Ullisses Campbell comentou sobre os laudos psiquiátricos de Francisco de Assis. O teste de Rorschach, que fornece informações valiosas sobre a dinâmica psicológica e os traços de populações forenses, por exemplo, apontaram que o Maníaco desejava, na verdade, ser uma mulher — o que explicava os ataques.

“O Maníaco verbalizou que, no fundo, ele queria ser uma mulher e, como ele não conseguia, ele começou a atacar as mulheres que tinham o perfil que ele desejava ser. Branca, baixinha, dos cabelos encaracolados. Ele resolveu matar essas mulheres porque essas mulheres estavam ocupando os lugares que eram dele”, apontou o jornalista.

Vale lembrar que Francisco foi condenado pelo assassinato de sete mulheres, mas confessou 11 assassinatos e 23 ataques.

Por que o foco no Maníaco do Parque?

Mas o que explica tamanho foco na história de Francisco de Assis, 26 anos após sua condenação? Simone, responsável pelo outro livro do Maníaco do Parque, opina: “Penso que é porque vai haver em breve, em 2028, a sua reavaliação (psiquiátrica/ psicológica) pelo sistema, por já cumprir a pena máxima de reclusão, de 30 anos. Foi tudo uma grande coincidência.”

Embora tenha sido condenado a mais de 260 anos de prisão, a legislação brasileira da época não permitia que uma pessoa passasse mais do que 30 anos na cadeia. Por isso, é esperado que Francisco seja solto por volta de 2028.

Em A Loucura Lúcida, Simone Bravo traz, entre outros pontos, uma carta escrita a mão pelo próprio Francisco. A autora o visitou mais de 10 vezes na Penitenciária de Iaras, no interior do estado de São Paulo.

“Não tenho a pretensão de passar qualquer ‘impressão’ do Francisco aos leitores. Sinceramente, acho que como se trata de um livro de fácil leitura, vai abranger vários tipos: o cidadão comum com curiosidade sobre o tema; a comunidade científica; médicos da área psicólogos, assistentes sociais, polícia penal, magistrados, etc. Ou seja, cada um vai tirar sua própria conclusão. Espero que sirva para a reflexão também”, finalizou.

Capa da biografia de Francisco de Assis - Maníaco do Parque - Metrópoles

Capa da biografia de Francisco de Assis – Maníaco do Parque

Fonte: Metrópoles

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