A autobiografia ‘The Woman in Me’ revela segredos da carreira e vida pessoal de Britney Spears

Foto: Michelangelo Di Battista/Sony/RCA via Getty Images

Nesta quarta-feira (24) chegou às livrarias o livro ‘The Woman in Me’, de Britney Spears, e já é um dos assuntos mais comentados na internet há dias. A autobiografia ficou em primeiro lugar ainda na pré-venda dos Estados Unidos, e um dos motivos foi a revelação bombástica sobre o aborto pelo qual foi submetida há 20 anos, quando namorava com Justin Timberlake.

Segundo Britney Spears, mesmo contrariada, decidiram que ninguém poderia saber sobre a gravidez e, muito menos, sobre o procedimento. Portanto, ela “não deveria ir a um médico ou a um hospital para fazer o aborto”, mas, sim, “fazer tudo em casa”.

Conforme os parágrafos que se seguem sobre o assunto, Britney conta com detalhes o sofrimento que encarou no banheiro de casa, acompanhada apenas de Justin e da mulher que conduziu o aborto.

Segundo a cantora, “Eu estava sentindo tanto medo. Deitei ali, me perguntando se iria morrer. Quando digo a você que foi doloroso — não consigo nem começar a descrever a sensação. A dor era inacreditável. Fiquei de joelhos, segurando o vaso sanitário. Por muito tempo, não consegui me mover. Até hoje essa foi uma das coisas mais agonizantes que passei na minha vida.”

O procedimento realizado pela cantora, levou horas para ser finalizado e, mesmo diante da dor que sentia, não a levaram ao hospital. em outro trecho, ela escreve que Justin se juntou a ela no banheiro e começou a cantar: “A certa altura, pensou que a música talvez ajudasse, então pegou seu violão e ficou ali comigo, tocando.”

Britney Spears, a intérprete de “Toxic” diz ter demorado até superar o término do relacionamento com o cantor, que o “amava demais”, mas já sentia que o fim se aproximava logo após o aborto.

Em trecho do livro, a cantora fala que, “Por mais que Justin tenha me machucado, o amor era grande demais, e quando ele me deixou eu fiquei destruída. Quando digo destruída, quero dizer que mal consegui falar durante meses. Sempre que alguém me perguntava sobre ele, tudo que eu conseguia fazer era chorar.”

A cantora também aborda o momento em que perdeu a guarda dos dois filhos que teve, anos depois, com Kevin Federline e a maneira sexista como foi tratada pelos pais e pela mídia.

Sobre os dois relacionamentos, a cantora aponta que, “Justin e Kevin puderam transar muito e fumar toda a maconha que havia no mundo, e ninguém disse nada a eles. Eu voltei para casa depois de uma noite numa balada, e a minha própria mãe acabou comigo.”

A escolha de se aproximar de pessoas que pudessem ajudá-la a se afastar dos pais foi destacada em outro trecho do livro e “toda a vigilância a que eu estava submetida”, mas nada foi suficiente para impedir que Kevin afastasse as crianças dela por semanas. Nessa fase, a cantora afirma que sentia “como se houvesse uma nuvem de escuridão” e que “estava ferida demais”.

Nesse período que Britney seria fotografada no que se tornaria um dos flagras mais comentados de sua carreira. Em 2007, a artista foi perseguida por fotógrafos ao entrar em um salão de beleza e clicada ao raspar o cabelo.

Sobre o período em que esteve com a cabeça raspada, a cantora pop declarou, “Os paparazzi testemunharam tudo. Não consigo descrever a humilhação que senti. Eu estava encurralada. […] Todo mundo achou hilário. Vejam como ela está louca! Até os meus pais ficaram com vergonha de mim.”

A intenção de Britney com a atitude foi a forma que encontrou de dizer ao mundo que ela não tinha interesse em ser a garota que todos queriam que ela fosse: “No fim dia, não me importei. Tudo o que eu queria era ver os meus meninos. Fiquei mal ao pensar nas horas, nos dias, nas semanas que eu tinha perdido com eles.”

O livro ainda aborda curiosidades sobre sua carreira, a relação conturbada com os pais até Jamie Spears conseguir o controle de sua tutela. Levou anos até que a cantora se livrasse da curatela do pai que, de acordo com ela, a feriu psicologicamente em vários sentidos:

Por fim, a cantora destaca que, “Ao longo da curatela, fui ensinada a me sentir quase frágil demais, assustada demais. Esse foi o preço que paguei estando sob a curatela. Eles roubaram muito da minha feminilidade, da minha espada, da minha essência, da minha voz, a capacidade de dizer: ‘F***-se’.”

 

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